
Os trabalhadores da Administração Pública vão estar em greve e são esperados impactos em serviços públicos nos setores da educação, saúde, Autoridade Tributária e Instituto dos Registos e do Notariado (IRN).
O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), que convocou esta greve, indicou à Lusa que é esperada uma "adesão em massa".
"A greve é nacional, para todos trabalhadores, independentemente do vínculo e da carreira", recordou Mário Rui, salientando que na educação, por exemplo, estão abrangidos assistentes operacionais, técnicos auxiliares, assistentes técnicos e professores, enquanto na saúde poderão aderir à greve profissionais como médicos, enfermeiros, técnicos auxiliares de saúde e assistentes operacionais.
O dirigente sindical salientou que é esperada uma adesão maior do que a que se verificou em fevereiro, na última greve, apontando que já existe um maior interesse por parte dos trabalhadores, que tiram dúvidas e têm acesso a mais informação.
Isto apesar de terem existido "tentativas de boicote por parte de várias entidades empregadoras", segundo denunciou o sindicato em comunicado, através da não distribuição do pré-aviso de greve aos trabalhadores e da restrição da divulgação nos locais de trabalho.
Além disso, "vários sindicatos vieram a público afirmar que a greve do dia 16 de maio era exclusiva para os sócios do STTS, induzindo os trabalhadores a erro e criando um ambiente de caos e desinformação", acusa o sindicato.
Apesar destas situações, o sindicato assegura que "os trabalhadores da Administração Pública não se deixarão calar" e que a greve "será um grito de resistência contra qualquer forma de repressão laboral".
O STTS convocou esta greve devido à degradação das condições de trabalho e falta de valorização.
Num comunicado, a estrutura sindical disse que os trabalhadores da administração pública estão "fartos de baixos salários, de desvalorização das carreiras, de promessas vazias e de uma gestão que não reconhece a importância dos serviços públicos para a sociedade".
MES // EA
Lusa/Fim
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