De acordo com os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores do Instituto Nacional de Estatística (INE), o indicador de confiança das famílias diminuiu em setembro e outubro, atingindo um valor próximo do de abril de 2020, no início da pandemia.
O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços aumentou nesses dois meses, renovando o valor máximo da série, segundo o INE, na sequência do movimento de subida iniciado em março do ano passado.
Quanto às empresas, os inquéritos demonstram uma diminuição do indicador de clima económico, entre agosto e outubro, na sequência da descida iniciada em março, atingindo o mínimo desde abril de 2021.
Também diminuíram, relativamente a setembro, os indicadores de confiança da indústria transformadora, da construção e obras públicas, do comércio e dos serviços.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança diminuiu em outubro, recuando para o nível mais baixo desde março de 2021.
Esta descida resulta do contributo negativo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da procura global, apreciações relativas aos stocks de produtos acabados e perspetivas de produção, mais intenso no primeiro caso.
O indicador de confiança, nos últimos dois meses, diminuiu nos agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento e aumentou no agrupamento de bens de consumo.
O saldo das apreciações sobre a procura global diminuiu em outubro, contrariando o aumento em setembro, assim como as opiniões relativas à procura interna, considerando as empresas com produção orientada para o mercado interno, se deterioraram em outubro, após a recuperação de setembro.
Já as apreciações relativas à procura externa, considerando as empresas com produção orientada para o mercado externo, agravaram-se em setembro e outubro, após a recuperação verificada nos dois meses anteriores.
O saldo das expectativas relativas aos preços de venda aumentou em setembro e outubro, após ter diminuído nos quatro meses anteriores, situando-se num nível inferior ao máximo da série observado em março, um aumento registado nos bens intermédios e bens de investimento.
VP // EA
Lusa/fim
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