O estudo, que aplicou o Índice das Alterações Climáticas (CSI na sigla em inglês), detalha padrões e classificações globais com base em avaliações diárias nos últimos 12 meses, com uma nova ferramenta baseada em mapas que permite a visualização dia a dia das pontuações daquele índice em 1.021 cidades de todo o mundo, refere a agência noticiosa espanhola.

As pessoas mais afetadas foram as que vivem perto da linha do equador e em ilhas pequenas: no México, Brasil, África ocidental e oriental, península arábica e arquipélago malaio.

Em todos os 365 dias analisados, pelo menos 200 milhões de pessoas enfrentaram temperaturas com um nível CSI três ou superior, indica a Climate Central (organização que pesquisa e informa sobre o impacto das alterações climáticas) num comunicado citado pela EFE.

O Índice das Alterações Climáticas aplica uma escala crescente de cinco pontos para indicar a frequência ou a probabilidade de as temperaturas num dado local terem sido influenciadas pelas alterações climáticas.

O estudo mostra que durante 75 dias, mais de mil milhões de pessoas foram afetadas por temperaturas com um nível CSI três ou superior, com um pico de 1,7 mil milhões a 21 de outubro de 2021.

As cidades com o maior número de pessoas expostas a mais dias com temperaturas de nível CSI três ou superior incluem a Cidade do México, Singapura e Lagos (Nigéria).

"Ser capaz de detetar de modo fiável as impressões digitais das alterações climáticas no clima quotidiano, em qualquer parte do mundo, representa um avanço essencial", considerou Andrew Pershing, responsável pela área da ciência climática na Climate Central.

Pershing salientou que o CSI é uma ferramenta que "pode ajudar as pessoas a compreenderem e falarem sobre como as alterações climáticas estão a moldar o clima à medida que tal acontece".

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