Devido à queda das vendas e a uma transição difícil para os veículos elétricos, foi decidido “um programa para eliminar 1.900 empregos” nos próximos anos, segundo um comunicado divulgado pela marca.

A eliminação de postos de trabalho, que representa cerca de 4,5% do total da Porsche (42.000 trabalhadores a nível mundial), envolve duas unidades alemãs localizadas perto de Estugarda, no sudoeste do país.

A eliminação de empregos será posta em prática sem despedimentos obrigatórios e antes de 2030, segundo um acordo de empresa que protege os trabalhadores até essa data.

A marca pretende que haja saídas para a reforma, um dispositivo de reforma parcial e o congelamento das contratações para reduzir o número de trabalhadores, precisa o comunicado.

Num setor automóvel europeu em crise, a Porsche não foi poupada, depois de a empresa-mãe, a Volkswagen, ter anunciado recentemente que queria cortar 35.000 postos de trabalho na Alemanha na sua marca principal (VW) e interromper a produção em duas das suas fábricas.

O setor automóvel enfrenta uma queda na procura, o aumento de custos, principalmente na energia e a concorrência de marcas chinesas.

Em 2024, o grupo com sede em Estugarda registou um recuo de 3% nas suas entregas globais, com uma descida particularmente acentuada na China (-28%), o seu maior mercado. Este declínio é mais significativo do que o da Volkswagen, cujas vendas caíram 1,4%.