“Com base nos indicadores analisados, o Barómetro da Conjuntura Económica CIP/ISEG aponta para uma melhoria da atividade económica no último trimestre de 2023, recuperando da queda observada no trimestre anterior. O crescimento em cadeia terá sido um pouco mais forte que o projetado, em dezembro, pelo Banco de Portugal, admitindo-se que se tenha situado entre 0,3% e 0,5%”, avançou, em comunicado, a CIP.
Esta evolução foi sustentada pelo consumo privado e pela procura externa líquida.
Segundo a confederação, se estes valores se verificarem, confirma-se a previsão do barómetro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 em 2,2%.
Pela negativa destacaram-se, em dezembro, a deterioração do indicador de confiança das empresas industriais e o decréscimo da produção industrial.
No anterior relatório foi adiantada uma previsão de crescimento para a economia portuguesa entre 1% e 2% em 2024.
Porém, o barómetro concluiu que esta é agora “relativamente incerta e muito condicionada pela evolução económica na área do euro e pela evolução das atuais tensões geopolíticas internacionais”.
Citado na mesma nota, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, afirmou que o último trimestre correu melhor do que o que se esperava, mas ressalvou que “muitas dúvidas” pairam sobre o novo ano.
“Para complicar, temos agora a crise no Mar vermelho a entupir as cadeias de abastecimento. Se o problema se mantiver, os efeitos na inflação serão mais do que certos, o que fará adiar a redução das taxas de juro, um bálsamo que as empresas e famílias anseiam. Com o país em suspenso até à posse do novo Governo, 2024 parece cada vez mais um ano economicamente em risco”, assinalou.
Fundada em 1974, a CIP representa mais de 150.000 empresas e cerca de 1,8 milhões de trabalhadores.
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