“Atualmente, o setor industrial das algas em Portugal conta com 21 empresas dedicadas às macroalgas (cultivo, colheita, transformação e aplicações) e 26 empresas do setor das microalgas, abrangendo desde o cultivo, a engenharia, a consultoria e a comercialização”, indicou, em resposta à Lusa, a PROALGA — Associação Portuguesa dos Produtores de Algas.

A capacidade produtiva varia de empresa para empresa, mas começa em duas toneladas de peso seco por ano e vai até um máximo de 100 toneladas.

Estima-se que a maior parte da produção (mais de 90%) seja destinada à exportação, sobretudo para os países europeus, como Espanha, França, Alemanha, Países Baixos e Reino Unido, e asiáticos.

No mercado nacional, verificam-se problemas ao nível da literacia alimentar e da ausência de incentivos à introdução das algas na cadeia alimentar.

As algas portuguesas, tanto no mercado nacional como externo, são utilizadas em áreas como alimentação humana, suplementação e saúde, cosmética, agricultura, alimentação animal e biotecnologia azul.

Segundo dados da Dun & Bradstreet, analisados pela PROALGA, as empresas associadas registaram, em 2023, 9,2 milhões de euros de faturação, tendo em conta as atividades principais e secundárias.

“O setor tem registado um aumento progressivo desde 2017, ano em que teve início o cultivo de macroalgas em Portugal, complementando décadas de produção industrial de microalgas (desde 1991). A tendência aponta para uma expansão significativa nos próximos anos, alavancada por investimento em inovação, sustentabilidade e biotecnologia”, referiu.

Entre as principais empresas e produtores nacionais estão a Allmicroalgae (Pataias), Necton (Olhão), ALGAplus (Ílhavo), Green Aqua Póvoa (Póvoa de Santa Iria) e a Iberagar (Barreiro).

Portugal conta ainda com produtores artesanais, especializados em Spirulina, como a Tomar Natural, Spirulina da Terra, 5essentia Spirulina Azores e Spiralgae.