No desafio da terceira jornada, os pupilos de Paulo Jorge Pereira tiveram, claramente, o seu melhor desempenho no Japão, mostrando, ante um adversário quatro vezes campeão da Europa e do Mundo, o porquê de estarem entre o restrito lote de 12 seleções presentes em Tóquio2020.
Finalmente ‘libertada’, após o triunfo, sofrido, sobre o Bahrain, a equipa lusa exibiu-se a alto nível no estádio nacional Yoyogi e só não empatou o encontro por alguma infelicidade e experiência dos nórdicos, que, no derradeiro ataque luso, de 17 segundos, ‘anularam’ o ataque de Portugal.
André Gomes, Pedro Portela - novidade a titular, tal como o guarda-redes Gustavo Capdeville - e Rui Silva fizeram os três primeiros golos (3-0) e exibiam a diversidade de opções de concretização que se verificou nos lusos, que sofreriam de imediato uma parcial de 4-0 e ficaram atrás (3-4), o que aconteceu poucas vezes na primeira parte.
Perante um rival com outro estatuto, com todos os jogadores a competirem fora da Suécia, rápidos nas transições e recuperação de bola, os lusos surgiram mais soltos e móveis, apurando igualmente os seus níveis de concentração e eficácia.
Portugal voltou à vantagem de três golos (13-10), com 10 atletas a faturar, enquanto nos suecos Niclas Ekberg (terminaria com nove golos) e Albin Lagergren somavam quatro tentos cada.
Erros técnicos acabaram por facilitar a recuperação dos nórdicos na parte final, pelo que ao intervalo o 14-14 espelhava um resultado lisonjeiro para a Suécia, que beneficiou de quatro exclusões lusas contra apenas uma.
Portugal voltou a entrar bem (18-16), contudo ataques mal conseguidos resultaram em golos na baliza deserta e a Suécia, com um parcial de 6-2, passou para a frente 22-20.
Humberto Gomes entrou para a baliza, mas não bastou para estancar um período de menor desacerto (27-24), complementando com o melhor momento do guarda-redes rival, que ajudou ao 29-25: o inconformismo luso reduziu para somente um golo, falhando no lance decisivo.
Os quatro primeiros classificados de cada um dos dois grupos avançam para os quartos de final do torneio olímpico.
A Dinamarca e a Suécia comandam com o pleno de seis pontos em três desafios, Egito e Portugal somam dois, mas os africanos com menos um jogo, ante o Japão sem pontos, tal como o Bahrain.
Portugal defronta a campeã olímpica e bicampeã mundial Dinamarca, na sexta-feira, enquanto no domingo provavelmente decide um lugar nos quartos de final ante o Japão.
Comentários