O encontro entre a formação treinada pelo português Rui Almeida, lanterna-vermelha da ‘Ligue 1’, e a equipa de Anthony Lopes, quarta no campeonato, foi abandonado ao intervalo, quando o resultado estava em 0-0, depois de o jogo já ter começado com atraso, após uma primeira invasão do recinto.
A primeira parte do jogo decorreu sem incidentes, mas, à saída para o intervalo, os adeptos voltaram a entrar em campo para tentar agredir jogadores da equipa visitante, entre eles Anthony Lopes, que chegou a estar rodeado por três indivíduos.
Em comunicado, a liga francesa explica que decidiu interromper o jogo depois de indicações do diretor de segurança pública do departamento de Haute-Course, já que, após uma reunião, tinha ficado decidido que, depois dos “incidentes muito sérios” durante o aquecimento, o jogo seria interrompido “ao mínimo incidente”.
“A Liga francesa condena nos termos mais fortes os incidentes que ocorreram no Bastia-Lyon”, apontou o organismo, que descreve o “comportamento inenarrável” dos adeptos no estádio Armand-Cesari, pelo que pediram ao clube da casa para “tomar todas as medidas necessárias para banir do estádio os indivíduos responsáveis por estas ações e garantir a segurança dos jogos que ali se realizem”.
O comité disciplinar da competição vai reunir-se na quinta-feira para discutir o caso, indicou a mesma fonte.
A partida começou com quase uma hora de atraso, depois de adeptos da equipa da casa terem entrado no relvado e perseguido jogadores do Lyon, que faziam o seu aquecimento, até ao túnel que dá acesso aos balneários, para onde aqueles fugiram na tentativa de evitar as agressões.
Estes incidentes ocorrem após outros que se verificaram na última quinta-feira no estádio do Olympique Lyon, envolvendo os adeptos turcos do Besiktas, em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga Europa.
No dia seguinte, a UEFA determinou a abertura de um procedimento disciplinar contra os dois clubes por causa dos incidentes.
O organismo europeu imputou ao Lyon a responsabilidade por uma “organização deficiente” e acusou o clube de ter permitido a entrada de guarda-chuvas no recinto e de ter autorizado a presença de adeptos nas escadarias, bloqueando as saídas.
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