As artes são o parente pobre de múltiplas realidades, incluindo o Orçamento de Estado, contudo é na criatividade que nos afirmamos. Ser artista português hoje é o quê? E ser criativo? Quanto vale uma ideia? Vale pouco.
Esta é mais uma crónica a apelar ao voto. Não para votarem aqui ou acolá, votem no partido que entenderem, mas votem. Votem informados, convictos, votem com conhecimento. Não votem só porque sim.
A mulher tem cerca de trinta anos, trabalha numa loja de um centro comercial em Lisboa. Tem um sorriso aberto e vivacidade na forma como conversa. Diz-me que teve trigémeas há dez meses. Mostra as fotografias de três meninas lindas e roliças. Mostra com imenso orgulho e encantamento. Acrescenta entã
Mais de um milhão e meio de manifestantes vieram mostrar, no passado domingo, que não estão disponíveis para se render às regras e leis da China e a China rapidamente invocou violência e desacatos, infiltrações de agentes provocadores. Tudo isto se passa em Hong Kong, mas é notícia que faça as prime
Os corpos na praia de pé, as mães a resguardarem os filhos de tal visão e o vendedor de bolas parado, incapaz de comércio ou pregão. O toc toc das bolas de raquetes deixaram de se ouvir. Não há jogadas de mestre no jogo que decorre no areal. Nenhum bebé a chorar ou cão a ganir. A praia suspensa nist
Caro(a) leitor(a), quando foi a última vez que leu a Constituição da nossa amada República? Nunca?
A nossa Constituição, que ainda não tem 50 anos de idade, é leitura altamente recomendável, sobretudo nos dias que correm.
Somos uns privilegiados, somos uns mimados, somos ocidentais vagamente alerta para a escassez de certos bens, mesmo que oiçamos notícias sobre secas, sobre barragens que não encheram como deveriam e, claro, sobre a desertificação cada vez maior.
Portugal é um país muito estimável, adjectivo que roubo ao vocabulário usado habitualmente por um grande amigo, mas tem memória curta e não sabe debater ou mobilizar-se no tempo.
Poetisa, escritora, sem papas na língua, várias vezes ameaçada de morte, eis Joumana Haddad, agora com um pé no universo complexo da política libanesa, que acaba de lançar o seu segundo ensaio em português (edições Sibila).
Eis tudo o que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de 64 anos de idade, conseguiu dizer sobre a morte de João Gilberto. Não é grande coisa? Bom, diria que diz tudo sobre o dito presidente. De certa forma, nem podemos afirmar que este comentário possa constituir surpresa. Refiro a sua idade para
A democracia é muito linda e tal, dentro do que é possível, um mal menor, mas sofre de excessos de predicado e adjectivação e tem de se ajustar aos preconceitos de cada um. Portanto, em democracia, teoricamente, a opinião é livre, de cada qual, temos de a respeitar.
Façamos a rotunda do Marquês de Pombal, ou qualquer outra rotunda de qualquer cidade portuguesa que não seja Lisboa, para o caso tanto faz. Além de um eventual marco, estátua ou afins, temos o quê? De momento temos o álbum tristonho e passado das eleições europeias – que se realizaram em Maio, senho
Miguel Duarte corre o risco de ir para a prisão. Porquê? Porque, em 2016, ajudou a salvar da morte certa no Mediterrâneo 14 mil pessoas. Não uma. Nem duas. Catorze mil pessoas que procuravam abrigo, refúgio, uma vida com dignidade. Não vale a pena encolher os ombros e fingir que está tudo bem, que a
Para o exercício eficaz da política seria de esperar que a sociedade estivesse interessada, desenvolvesse reflexão e pensamento. Parece que pouco importa e é realmente grave.
O Estado é esse invisível ser poderoso e omnipotente que tudo sabe e tudo faz. Quer uma economia forte, brada aos céus o apoio às empresas, tenham elas o tamanho que tiverem, porém não funciona.