Numa chamada telefónica com Mohammed ben Salmane, Pompeo instou a Arábia Saudita a responsabilizar os envolvidos, assim como apelou ao “fim das hostilidades” no Iémen, relatou a porta-voz do departamento de Estado, Heather Nauert.
As forças pró-governamentais do Iémen têm combatido os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irão. Em 2015, uma coligação liderada pelos sauditas interveio a favor das forças pró-governamentais.
Na sexta-feira, o jornal Washington Post indicou que a administração norte-americana decidiu deixar de fornecer aviões à coligação, um apoio cada vez mais controverso depois da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, imputado a altos responsáveis do reino e que estão a manchar a imagem de Riade.
O Ministério Público turco declarou recentemente que Jamal Khashoggi, de 59 anos, foi estrangulado e posteriormente desmembrado no consulado saudita em Istambul, no dia 02 de outubro, onde tinha entrado para obter um documento para se casar com uma cidadã turca.
O jornalista era esperado no consulado por um comando de 15 agentes sauditas que viajaram para a cidade turca algumas horas antes e regressaram à Arábia Saudita naquela mesma noite.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou recentemente numa coluna publicada no jornal norte-americano The Washington Post que está certo de que a ordem para matar o jornalista dissidente surgiu “do mais alto nível” do poder da Arábia Saudita.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.
A Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul, depois de, durante vários dias, as autoridades de Riade terem afirmado que saíra vivo do consulado.
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