Em conferência de imprensa no parlamento, André Ventura voltou a criticar o acordo de incidência parlamentar assinado entre PSD-Madeira e PAN, dizendo que se tratou de “prostituição política”.
O líder do Chega disse ter ouvido “com alguma apreensão pessoal” as declarações de quarta-feira do presidente do PSD, Luís Montenegro, que excluiu o seu partido de qualquer “acordo político de governação”, repetindo que “não é não”, além de afirmar estar “totalmente confortável” com o entendimento que permitiu uma maioria absoluta na Madeira.
“Faz-me honestamente confusão que o líder do PSD diga que está confortável com a situação que se encontrou na Madeira, este acordo é uma prostituição política, não tem outro nome. Se o dr. Luís Montenegro se sente confortável com isto, é a prova de que ele não está bem para liderar a direita”, disse.
Ventura recordou que o líder nacional do CDS-PP, Nuno Melo, escreveu aos militantes a explicar que não se revê naquele acordo, e considerou que a posição de Luís Montenegro “destrói a credibilidade da direita”.
“Leiam os meus lábios: nunca em Portugal vai haver governo à direita sem o Chega, se o houver tem um caminho: é cair no primeiro dia nesta Assembleia da República, não é nenhuma ameaça, é o que vai acontecer”, disse.
Questionado se não acredita nas palavras de Montenegro e considera que o líder do PSD vai recuar quanto a entendimentos futuros com o Chega, Ventura comparou-as às do líder do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque, durante a campanha.
“Vejo-as na mesma lógica que o dr. Miguel Albuquerque tinha dito que se não tivesse maioria absoluta se ia embora, já ninguém acredita”, afirmou, dizendo que “provavelmente estão em sintonia na mentira”.
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