“Muitas escolas foram destruídas e os alunos ficaram sem as salas de aula (…) Estamos a sensibilizar as comunidades, os conselhos de escola e os parceiros para a construção, neste momento, de espaços temporários de aprendizagem”, avançou Manuel Bazo, vice-ministro da Educação de Moçambique, citado hoje pela Televisão de Moçambique.
No total, 245 escolas foram parcial e totalmente destruídas em Maputo, Inhambane e Gaza, províncias do sul do país afetadas pela tempestade tropical severa “Filipo”, que se abateu sobre Moçambique há pouco mais de uma semana.
“As crianças estão em lugares seguros, estão em outras escolas ou espaços temporários. O processo de ensino e aprendizagem parou, nestes pontos, durante algum tempo, uma semana, por exemplo, mas os professores já se refizeram, voltaram às escolas e estão a dar aulas” declarou Manuel Bazo.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inam), a tempestade tropical severa “Filipo” entrou no continente na madrugada do dia 12, pelo distrito de Inhassoro, província de Inhambane, seguindo para sudoeste, nomeadamente Gaza e Maputo, com rajadas de vento de até 120 quilómetros por hora.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) avançou, há uma semana, que a tempestade deixou dois mortos e que no total cerca de 48 mil pessoas foram afetadas.
A tempestade “Filipo” deixou também quase 100 mil pessoas sem energia elétrica, segundo a empresa pública Eletricidade de Moçambique, além de causar a destruição de casas e outras infraestruturas nas regiões afetadas.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
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