“A situação continua grave e não vemos qualquer redução [do contágio]”, afirmou Karin Tegmark Wisell, chefe do departamento da Agência de Saúde Pública (FHM), em conferência de imprensa, órgão que há um mês tinha apontado um possível cenário em que a curva alcançaria o pico em meados de dezembro.
A incidência nos últimas 14 dias ascende a 883 casos por 100.000 habitantes na Suécia, segundo dados das autoridades.
Catorze das 21 regiões suecas estão no segundo maior nível de alarme e todas esperam que o mesmo se mantenha ou até eleve a curto prazo, quando apenas 23% das Unidades de Cuidados Intensivos estão livres, revelou a Direção Geral de Assuntos Sociais.
A Suécia, que durante a primeira vaga se destacou pela estratégia mais relaxada, com muitas recomendações, e por registar a maior mortalidade dos países nórdicos, promoveu uma linha mais intervencionista no último mês e meio.
O governo sueco ordenou o ensino à distância em institutos e universidades, limitou a oito o número de pessoas permitido em reuniões públicas, restringiu a atividade de restaurantes e recomendou pela primeira vez o uso de máscaras em transportes públicos, seguindo o conselho da FHM.
A taxa de mortalidade por covid-19 é de 78,49 por cada 100.000 habitantes, cinco vezes maior do que a da Dinamarca e 10 vezes mais do que a Finlândia e a Noruega, mas abaixo da Itália, Reino Unido, Espanha ou França, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins.
Desde esta manhã, as autoridades suecas impuseram o encerramento de fronteiras durante um mês aos estrangeiros provenientes do Reino Unido devido à nova variante da SARS-CoV-2 e recomendaram a realização de dois testes a todos os que chegaram do território britânico à Suécia na última semana.
O encerramento de fronteiras afeta também a vizinha Dinamarca, mas, neste caso, para reduzir o risco de aglomerações e de propagação de vírus em centros comerciais e em restaurantes do sul da Suécia, zona frequentemente visitada por turistas dinamarqueses.
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