“É urgente uma declaração política nestas matérias”, afirmam no comunicado o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e os congéneres de Espanha (USO e SITCPLA), Bélgica (CNE/LBC), França (SNPNC-FO) e Itália (UILTRASPORTI e FILT-CGIL).

Os sindicatos “exigem” uma “resposta firme” para pôr fim às práticas “abusivas” e à “falta de respeito” para com os trabalhadores, “mas principalmente para com o Governo e todos os cidadãos que devem representar”.

Vários sindicatos assinaram acordos com a companhia irlandesa Ryanair com vista à implementação da legislação local nos contratos de trabalho, acordos que estão em vigor, mas que os sindicatos denunciam não estar a ser honrados pela Ryanair em vários países europeus.

“Insistem [a Ryanair] em contestar a legislação nacional com os sindicatos, impondo negociações com o objetivo de reduzir a proteção dos imperativos legais e constitucionais”, contam.

Os sindicatos recordam que a comissária europeia Marianne Thyssen, em setembro do ano passado, declarou que o respeito pela legislação europeia “não é algo que os trabalhadores tenham que negociar, nem é algo que possa ser feito de forma diferente de país para país”.

Em meados de abril, o SINTAC emitiu, em nome dos trabalhadores da Ryanair e Groundlink, um pré-aviso de greve com início a 16 abril e que se prolonga até 15 de julho, com duas horas de greve ao início e ao fim de cada turno, respetivamente, assim como a todo o trabalho suplementar, exceto aos feriados.