Os serviços de inteligência apuraram que a China espera que o Presidente Donald Trump não seja reeleito, a Rússia quer denegrir a imagem do candidato democrata, Joe Biden, e o Irão está a tentar minar o prestígio das instituições democráticas, disse Bill Evanina, diretor do Centro Nacional de Segurança e Contrainteligência.
Num comunicado, Evanina apresentou hoje a avaliação feita pelas agências de informação sobre as ameaças de interferência estrangeira nas eleições presidenciais dos EUA, marcadas para 03 de novembro.
“Muitos agentes estrangeiros têm preferência por quem ganha as eleições, o que expressam por meio de uma série de declarações públicas e privadas. Os esforços de influência secretos são mais raros”, explicou Evanina.
“Estamos especialmente preocupados com a atividade contínua da China, Rússia e Irão”, escreveu o diretor dos serviços de inteligência, no comunicado.
De acordo com o relatório, a China olha para Trump como um Presidente “imprevisível” e preferia que ele não conseguisse ser reeleito.
Evanina disse que a China tem expandido os seus esforços de influência, antes das eleições de novembro, para tentar influenciar a política nos EUA, pressionando figuras políticas que considera adversas ao regime de Pequim.
“Embora a China continue a ponderar os riscos e benefícios de uma ação agressiva, a sua retórica pública nos últimos meses tem-se tornado cada vez mais crítica em relação à resposta à pandemia de covid-19 dada pelo atual Governo dos EUA, com o encerramento do consulado da China em Houston”, explicou Evanina.
Os peritos de inteligência dos EUA avaliam que, pelo seu lado, Moscovo está a trabalhar para “denegrir” a imagem do candidato Biden, bem como das organizações que considera serem “anti-Rússia”.
Sobre o Irão, os serviços de inteligência consideram que Teerão procura minar as instituições democráticas dos EUA, incluindo a Presidência de Trump, e dividir os Estados Unidos, antes das eleições.
“Os esforços do Irão nesse sentido provavelmente vão concentrar-se na influência ‘online’, como a divulgação de desinformação nas redes sociais e a divulgação de conteúdos anti-EUA”, escreveu Evanina no comunicado.
“A motivação de Teerão para conduzir essas atividades é, em parte, impulsionada por uma perceção de que a reeleição do Presidente Trump resultará numa continuação da pressão dos EUA sobre o Irão, num esforço para fomentar a mudança de regime”.
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