“Pela primeira vez, a Proteção Civil Municipal registou menos de 50 ocorrências, metade foram pequenos problemas resolvidos no local e só 25 pessoas tiveram que recorrer ao hospital”, assinala o adjunto do presidente da câmara, acrescentando tratar-se de “uma redução para praticamente metade, relativamente ao registo do ano passado que totalizou 91 ocorrências”.
Segundo a autarquia, estes são “números extraordinariamente baixos, que mostram uma cidade segura e com elevado nível de civismo”.
“O número inferior a 50 ocorrências pré-hospitalares é considerado excelente pelas autoridades, dada a quantidade de pessoas presentes e dada a tradição de alguns excessos propiciados pela data. Calcula-se que mais de 500 mil pessoas tenham estado na noite de dia 23 nas ruas do Porto a festejar o São João, pelo que as ocorrências não ultrapassam o rácio de um para dez mil”, destaca.
Contactado pela Lusa, Nuno Santos, adjunto de Rui Moreira, explicou que “a maioria” dos incidentes registados na noite de S. João se deve ao “consumo de álcool” e a quedas, razão esta pela qual há dois anos que a autarquia procede à retirada de algum mobiliário urbano e à proibição de esplanadas nas zonas de maior pressão, nomeadamente na Avenida dos Aliados.
“Desde que estamos na câmara […] o número de ocorrências e transporte para hospital tem vindo a diminuir de ano para ano”, realçou o responsável, salientando que “a festa está mais organizada, mais distribuída”, tendo sido criados “pontos de interesse onde não existiam, nomeadamente nos Aliados”.
E se, por um lado “a dispersão das pessoas contribui para a segurança”, por outro “há mais organização, mais casas de banho públicas, mais forças de segurança e uma coisa muito importante chamada Centro de Gestão Integrada”, sublinhou o porta-voz da autarquia.
“O Centro de Gestão Integrada voltou a demonstrar as suas mais-valias durante eventos de grande envergadura, onde estiveram operacionais das forças de segurança, proteção civil e demais entidades externas, numa monitorização de todos os espaços para que, caso houvesse algum incidente, este fosse prontamente avaliado e resolvido”, explica em comunicado.
Segundo Nuno Santos, na cidade existem “mais de 140 câmaras” ligadas ao Centro de Gestão Integrada, o que “permite uma atuação muito rápida”.
Questionado sobre a proibição, este ano, do lançamento de balões de ar quente, caraterísticos do São João, por causa da antecipação para 22 de junho da chamada fase ‘Charlie’, Nuno Santos salientou que “os balões no Porto não têm relação direta com incêndios”.
“No último ano, em 2016, registaram-se cinco pequenos focos de incêndio no Porto e não podemos relacioná-los diretamente com os balões”, revelou, indicando que a proibição em causa “tem mais a ver com o perigo que representa para concelhos limítrofes”.
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