“A Rússia tudo fará para que esse cidadão russo seja libertado e para que tais atos em relação a outros representantes dos ‘media’, sejam eles russos ou a trabalhar para órgãos de comunicação russos, não se repitam”, disse a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
“A Ucrânia continua obstinadamente a conduzir uma política de repressão dos ‘media'”, acrescentou, em declarações a uma televisão russa.
As forças de segurança ucranianas fizeram terça-feira buscas nos escritórios da Ria Novosti e detiveram o jornalista responsável da agência na Ucrânia, Kyrylo Vychynski, que acusaram de “alta traição”.
O jornalista foi transferido hoje para a cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, onde na quinta-feira vai ser presente a tribunal que decidirá se aguarda julgamento em prisão preventiva.
Vychynski, 51 anos, trabalhou para órgãos de comunicação ucranianos antes de se tornar correspondente na Ucrânia da televisão pública russa Rossia e, depois, da Ria Novosti.
Em 2015, o jornalista recebeu passaporte russo, segundo um decreto assinado pelo próprio Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e publicado na página eletrónica da presidência.
A justiça ucraniana acusa-o de “atividades subversivas” a pedido da Rússia e de tentar, com os seus artigos, “justificar a anexação da Crimeia” pela Rússia em 2014 e “apoiar” os separatistas pró-russos do leste da Ucrânia.
“O meu cliente considera que se trata de uma provocação e intimidação. Ele rejeita as acusações”, disse o advogado do jornalista, Andrii Domanski.
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