Na sala do Centro de Congressos de Lisboa, os delegados do PSD aplaudiram, de pé, tanto Passos Coelho, líder durante oito anos e primeiro-ministro durante quatro, como Pedro Santana Lopes, que disputou as diretas com Rui Rio, em 13 de janeiro.
“Fica um trabalho de governação que a história reterá como de salvação nacional em face da situação que, sem qualquer responsabilidade, herdou”, afirmou Rui Rio, na sessão de abertura do 37.º Congresso Nacional social-democrata.
Para o novo líder do PSD, o “tempo é o melhor juiz” e será ele a valorizar o trabalho de Passos Coelho à frente do Governo PSD/CDS-PP, durante o período da 'troika'.
Ao seu adversário nas eleições internas, Santana Lopes, elogiou o “ato de militância ativa e empenhada”, afirmando que a “vitória de qualquer vencedor pertence sempre aos seus adversários” porque “sem eles a vitória não tem nunca a força e a dimensão que só uma difícil disputa eleitoral consegue dar”.
“Parte da minha vitória é, também, do Pedro Santana Lopes e daqueles que estiveram de forma digna e sincera com a sua candidatura”, disse.
Os congressistas aplaudiram, mais uma vez, de pé a referência a Santana Lopes, que está sentado na primeira fila da sala, junto a Pedro Passos Coelho, e que será cabeça de lista ao Conselho Nacional proposto por Rio, numa candidatura apresentada de unidade.
E foi nesta parte do discurso ao congresso que o líder eleito fez a referência ao CDS, parceiro do PSD no anterior Governo.
“Fomos chamados a cumprir patrioticamente um exigente programa de austeridade, desenhado e negociado por outros, pelos que meteram o país no buraco financeiro mais negro do pós-25 de Abril”, afirmou.
O 37.º Congresso Nacional do PSD começou hoje à noite no Centro de Congressos de Lisboa e prolonga-se até domingo, com a eleição dos novos órgãos nacionais sob a liderança de Rui Rio.
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