Numa ordem de serviço, a que agência Lusa teve acesso e datada de 16 de janeiro, a PSP justifica “a impossibilidade do gozo de férias, folgas e créditos horários” com a comparência de “um número significativo de manifestantes” nas várias ações de protestos das forças de segurança e com a “necessidade de assegurar um policiamento ajustado”.
A Polícia de Segurança Pública considera também que “o dispositivo de segurança a implementar no policiamento aos protestos não deverão condicionar o cumprimento das demais missões”, nomeadamente ao nível da “garantia da segurança, ordem e tranquilidade públicas e resposta a solicitações”.
Na ordem de serviço, a PSP determina “a impossibilidade” de gozo de créditos horários e de faltas por conta do período de férias por parte do todo o efetivo, bem como o gozo de férias aos elementos das Equipas de Intervenção Rápidas e Equipas de Prevenção e Reação Imediata.
Fonte policial disse à Lusa que esta ordem serviço foi distribuída pelos efetivos dos comandos de Lisboa, Porto, Braga, Faro e Setúbal.
Sete sindicatos da PSP e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) vão realizar, na próxima terça-feira, concentrações em frente ao estádio de Braga, onde vai decorrer a ‘Final Four’ da Taça da Liga em futebol, em frente do Ministério das Finanças, em Lisboa, e em Faro.
Nesse mesmo dia, o Movimento Zero, um movimento social inorgânico criado em maio de 2019 por elementos da PSP e da GNR e bastante visível na manifestação de novembro, vai realizar concentrações em todos os aeroportos portugueses, que se vão estender por vários dias.
Entre as reivindicações da classe policial e militar da GNR estão o pagamento do subsídio de risco, a atualização salarial e dos suplementos remuneratórios, o aumento do efetivo e mais e melhor equipamento de proteção pessoal.
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