“Desde as 00h00 temos registo de 171 ocorrências, com especial incidência na região metropolitana do Porto e região de Viseu, mas tudo ocorrências sem grande significado, relacionadas com quedas de árvores e quedas de estruturas, muito por força do vento que se tem feito sentir nas últimas horas”, disse à Lusa o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com o oficial de operações da ANEPC, algumas ocorrências também resultaram “de limpezas de vias ou inundações de superfície repentinas, porque o escoamento ficou entupido”.
Em Algés, concelho de Oeiras, no distrito de Lisboa, “caiu um candeeiro em cima de alguns carros”, revelou.
“Não temos danos significativos em infraestruturas, nem temos conhecimento de pessoas feridas”, acrescentou.
“Na Grande Lisboa, com exceção do concelho de Lisboa, que é área do Regimento Sapadores Bombeiros, temos 16 ocorrências”, referiu Paulo Santos, mas também situações sem elevada gravidade.
O oficial da ANEPC considerou que ainda se prevê “mais algum tempo com precipitação mais intensa”, mas espera que “não dê nada muito significativo” em termos de ocorrências.
A ANEPC avisou hoje a população para tomar medidas preventivas devido ao agravamento das condições atmosféricas nas próximas 48 horas, com agitação marítima, vento e queda de neve.
Com base nas previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), nos próximos dois dias é esperada queda de neve nas regiões norte e centro acima dos 800/1.000 metros, assim como agitação marítima forte, com ondas até sete metros na costa ocidental, podendo atingir picos máximos de 11 metros.
Está também previsto vento mais intenso no litoral e nas terras altas, com rajadas até 80km/h.
Atendendo à alteração das condições meteorológicas, a ANEPC pede cuidados redobrados na estrada, com piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, geada e neve.
Alerta ainda para possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima, queda de ramos ou árvores, bem como de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia, além do desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima.
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