Os autores "deste acto cobarde em breve serão identificados e castigados por seu acto odioso, através das forças de segurança e de ordem pública", afirmou Raisi, em comunicado, acrescentando que "os inimigos da nação devem saber que tais ações nunca poderão perturbar a sólida determinação da nação iraniana".
Também em comunicado, enviado ao seu homólogo, Vladimir Putin lamenta que “o assassínio de pessoas pacíficas que visitavam um cemitério é chocante pela sua crueldade e o seu cinismo. Condenamos o terrorismo sob todas as formas”, acrescentou o Presidente russo na mensagem ao seu aliado.
O Irão divulgou um novo balanço de 103 mortos num ataque durante uma homenagem ao general Qassem Soleimani e decretou um dia de luto nacional na quinta-feira, noticiaram os meios de comunicação oficiais.
A dupla explosão teve lugar perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Soleimani, em Kerman, no sul do Irão. Uma multidão compacta de representantes do regime e de pessoas anónimas tinha-se reunido no local para uma cerimónia comemorativa, segundo a agência francesa AFP. As autoridades iranianas contabilizaram também 141 feridos.
“O número de mortos subiu para 103, depois de alguns terem sucumbido aos ferimentos”, noticiou a agência oficial Irna, acrescentando que alguns dos feridos se encontravam em “estado crítico”.
O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman, no sul do Irão. Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.
“Na sequência do ataque terrorista em Kerman, o Governo declarou amanhã [quinta-feira] um dia de luto nacional em todo o país”, noticiou a televisão oficial.
Qassem Soleimani foi morto em janeiro de 2020, aos 62 anos, num ataque de um ‘drone’ (avião sem tripulação) norte-americano no Iraque.
Figura-chave do regime iraniano, era também uma das figuras públicas mais populares do país.
Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana, segundo a agência norte-americana Associated Press.
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