"Nós estamos realmente a iniciar um período novo na nossa vida interna. Este é um período que não trará facilidades para o PSD. Não é fácil bater a Geringonça, mas é preciso bater a Geringonça", disse Pedro Passos Coelho esta noite no seu discurso no 37º Congresso do PSD.
No discurso, em que teceu duras críticas à solução de Governo do PS, apoiado por BE, PCP e PEV, condenando até a "vulgaridade" manifestada nos debates quinzenais no parlamento, Pedro Passos Coelho fez também um balanço da governação PSD/CDS-PP, com uma chamada de atenção particular ao antigo parceiro de executivo e coligação.
"Esta menção ao CDS é hoje muito relevante, porque o que conseguimos fazer não fizemos sozinhos, fizemos com o CDS, isso é importante e será importante para futuro", declarou, num momento em recolheu palmas dos congressistas.
Afirmando que "não se deve dizer mal das coisas boas", o antigo primeiro-ministro recordou as palavras do líder parlamentar social-democrata Hugo Soares que esta semana falou do que se passou nos outros sítios e até "para perceber a espetacularidade dos 2,7%".
Listando vários países, da Grécia à Letónia, Passos disse, "contei 13 países que cresceram bem mais do que Portugal na zona euro. Ainda bem que a conjuntura é favorável. Demoraram praticamente dois anos a retomar o balanço e em 2019 já estão a perder gás. Porquê? Porque o governo só está preocupado consigo próprio, não está preocupado com o futuro do país. Se estivesse teria a coragem e a humildade de reconhecer que a receita que trazia não resultou, que o emprego forte que está a gerar no país traz consigo mais precariedade".
O 37.º Congresso Nacional do PSD começou esta sexta-feira à noite no Centro de Congressos de Lisboa e prolonga-se até domingo, com a eleição dos novos órgãos nacionais sob a liderança de Rui Rio.
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