No encerramento da convenção autárquica distrital do PSD em Lisboa, Passos Coelho fez questão de responder ao secretário-geral do PS, António Costa, que, na sexta-feira à noite, em Penafiel, pediu uma campanha animada para as autárquicas de 1 de outubro.
"Uma campanha animada, esta é a expetativa que o secretário-geral do PS tem, como se os políticos ou ele próprio funcionassem assim como mestres-de-cerimónias para a festa que aí vem", criticou.
Salientando que deseja uma "campanha disputada, vigorosa", Passos Coelho disse que "os portugueses não são espectadores que é preciso divertir" e garantiu que o PSD não irá "transformar as eleições numa festa", mas irá fazer tudo ao seu alcance para as vencer.
"Vamos enfrentar eleições para as quais definimos um objetivo muito claro que é ganhar. Sabemos que não é um objetivo nem fácil nem simples", disse, e lembrou que o PSD leva de atraso quase 50 câmaras em relação ao PS.
Alertando que "só depois de ouvir os eleitores é que se sabe quem ganha", o líder do PSD sublinhou que só agora, depois de muitos considerarem o partido derrotado à partida, se começou a perceber "que essa ideia era precipitada".
"À medida que vão sendo conhecidos problemas em alguns concorrentes, percebem que nós estamos nestas eleições para as disputar, não estamos aqui para ver passar comboios", assegurou.
Passos Coelho deixou uma palavra especial à candidata do PSD a Lisboa e sua vice-presidente, Teresa Leal Coelho, manifestando-se convicto de que irá trazer para o debate na capital "o que de melhor a tradição social-democrata tem".
"Nunca desistimos e nunca nos resignamos. E essa ideia aberta, tolerante, cosmopolita que a Teresa também representa pode ser um contributo importante para outras batalhas que se vão travar na Área Metropolitana de Lisboa e não só em Lisboa", disse.
Antes, o líder da distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, que está a terminar o seu mandato, fez também referência às disputas autárquicas na Área Metropolitana, concentrando as críticas no PCP.
"Vale tudo, vale defender o PS à segunda-feira e depois atacar o PS no distrito de Lisboa à quinta e sábado, é política sem espinha, sem verticalidade", acusou, depois de o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, ter prometido um ataque sem tréguas às "políticas de direita" no próximo Orçamento do Estado.
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