
PSD
O PSD destaca "um compromisso forte entre um ímpeto reformista, as áreas sociais e o desenvolvimento económico" no novo governo. E acrescenta: "se quisermos ser factuais, hoje os portugueses esperam menos tempo nas cirurgias e nas urgências hospitalares, e há mais portugueses com médicos de família".
Hugo Soares vê como um "sinal de esperança" o voto de confiança a Ana Paula Martins para enfrentes os objetivos do SNS.
Sobre o novo ministério da Reforma do Estado diz traduzir-se "numa preocupação clara com a vida das pessoas". A preocupação principal "é a burocracia e a modernização do Estado", frentes de ação do novo ministério.
Chega
André Ventura, do partido Chega, teve acesso à lista enquanto estava a ser gravado em direto para a televisão nacional. O primeiro comentário aponta o nome da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que se mantém em relação ao mandato anterior e, para o líder do partido de extrema-direita, "é uma má decisão".
"Face aos problemas grandes na área da Justiça e da Saúde o governo opta por manter uma linha de continuidade, o que é profundamente errado. Apesar de todos os debates que teve, é um erro", defende. E acrescenta: "A falta de energia no combate à corrupção e manter esta lista é um sinal de que algo errado está a passar-se".
PS
O Secretário Nacional João Torres, do PS, considera que a "composição do novo governo traz pouco de novo". Critica o facto de ser "um governo de continuidade e não de novidade" o que, na sua opinião, não respeita "o declínio das condições económicas do país".
O socialista nota a "solução desgastada" da ministra da Saúde, "que não está à altura e mostrou incompetência na gestão de várias situações que vieram a público".
Lamenta ainda a falta de mulheres na lista apresentada, decisão que preocupa o PS.
PCP
O Partido Comunista destaca um novo ministério que visa "atacar os serviços públicos e as funções sociais do Estado para favorecer não o interesse do povo, mas os interesses do capital". Critica ainda a "transferência do poder social do Estado para o negócio", que se concretiza com o novo Ministro para a Reforma do Estado.
Livre
O deputado do Livre, Paulo Muacho, considera que o XXV Governo Constitucional é “mais do mesmo, mas em pior”, e pediu que o executivo explique o que pretende com a nova pasta relativa à reforma do Estado.
“A primeira reação do Livre relativamente a este elenco governativo é que estamos perante um governo que é mais do mesmo, mas em pior. Mostra, desde logo, uma falta de capacidade do primeiro-ministro de ir além daquele que era o círculo mais restrito e dos governantes que já estavam em funções”, defendeu Paulo Muacho, em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República.
O dirigente do partido criticou que em “áreas essenciais” como a saúde, a política seja “de continuidade”, assumindo que esperava que Ana Paula Martins deixasse as suas funções.
“A área da saúde tem sido uma das áreas mais desastrosas da política deste Governo. Nós continuamos a ter urgências fechadas, continuamos a ter dificuldade das pessoas a acederem às consultas, a acederem aos tratamentos. (…) Os problemas não só não foram resolvidos como se agravaram”, sustentou.
Quanto à nova pasta relativa à Reforma do Estado, que será tutelada por Gonçalo Matias, Paulo Muacho afirmou que o Livre “vai querer perceber concretamente o que é que isso significa”.
“Lembramo-nos muito bem o que é que significava a reforma do Estado da última vez que um Governo PSD/CDS falou em reforma do Estado. E, portanto, isso, do nosso ponto de vista, é preocupante”, criticou.
Na educação, Paulo Muacho lamentou que o Governo da AD continue sem criar um ministério do Ensino Superior, acusando Montenegro de “insistir no erro”, e sobre a pasta da Administração Interna, que será assumida por Maria Lúcia Amaral, o deputado do Livre deixou uma ‘farpa’ à até agora Provedora de Justiça.
“Temos uma Provedora de Justiça que, a seis meses do fim do seu mandato, assume essas funções, para nós também é uma nota de preocupação, com a expectativa de que, finalmente agora, possamos ter as recomendações da Provedoria de Justiça implementadas, coisa que sucessivos Governos, tanto PS como PSD, têm ignorado”, lamentou.
Gouveia e Melo
Gouveia e Melo, candidato às presidenciais, diz estar satisfeito com o avanço dos trabalhos e a conclusão do Governo. "O que desejo é que seja um governo longo, que garanta sustentabilidade, governabilidade", termina.
Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos defendeu que Ana Paula Martins, hoje reconduzida como ministra da Saúde, tem uma “segunda e última oportunidade” para concretizar medidas que retirem o SNS do estado de “decomposição” em que se encontra.
“Ana Paula Martins tem uma segunda e última oportunidade de fazer o que não fez no último ano. É lhe dada uma segunda oportunidade e a última, porque ela não pode falhar”, adiantou à Lusa Carlos Cortes.
Ordem dos Farmacêuticos
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota-Filipe, saudou a recondução de Ana Paula Martins ao cargo de ministra da Saúde, considerando ser “uma oportunidade para retomar e dar continuidade a dossiês prioritários para a saúde”.
“A ministra conhece os dossiês da área da saúde, as dificuldades atuais e as soluções, em particular o do setor farmacêutico, sendo este fator muito importante para dar continuidade aos trabalhos já iniciados pelo Ministério”, referiu, citado em comunicado.
A OF lembrou que a antiga bastonária foi a “primeira farmacêutica” a liderar o Ministério da Saúde, manifestando “apoio e votos de sucesso” no seu novo ciclo de governação.
A OF manifestou-se disponível para trabalhar com a tutela “na definição de soluções que contribuam para a sustentabilidade do SNS e para a melhoria do acesso e da qualidade dos cuidados prestados à população”.
Movimento Estudantil
O Movimento Estudantil, que junta várias associações de estudantes, lamenta que o o primeiro-ministro tenha decidido manter sob a mesma tutela a Educação, Ensino Superior e Ciência, pasta que volta a ser liderada por Fernando Alexandre.
"A fusão destas três áreas num único ministério suscitou sérias dúvidas quanto à capacidade do Governo assegurar uma resposta eficaz, especializada e adequada aos desafios específicos que se colocam ao Ensino Superior em Portugal", referem em comunicado.
"Reafirmamos, por isso, a necessidade de se repensar a estrutura ministerial atual, pois só com uma tutela clara e dedicada será possível assegurar a coerência das políticas públicas, reforçar a centralidade do ensino superior no desenvolvimento do país e responder de forma eficaz aos desafios."
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