O partido liderado por Ossanda Liber - cuja inscrição no Tribunal Constitucional é do início deste ano e concorreu às primeiras eleições logo nas legislativas antecipadas de 10 de março - volta a apresentar-se agora à corrida para o Parlamento Europeu e escolheu a sua presidente como cabeça de lista.
O programa eleitoral de sete páginas hoje divulgado no sítio oficial da Nova Direita surge sob o lema “Mais Portugal”, defendendo mais pesca, agricultura, ambiente e soberania.
O documento é dividido em sete áreas estratégicas: soberania, defesa das fronteiras, direito de veto, reforma do Pacto Agrícola Comum, pesca, `wokismo´ e liberdade de expressão e energia e ecologia.
A Nova Direita diz “não à federalização da União Europeia e aos impostos europeus” e defende “o reforço da segurança nas fronteiras europeias, combatendo de forma eficaz o tráfico de drogas, armas e seres humanos”.
“Rejeitaremos qualquer Pacto Europeu de Migração e Asilo. Proporemos uma NATO Europeia, independente da atual NATO, para que a Europa assuma a sua defesa e escolha de forma soberana e de acordo com os seus próprios interesses, as guerras em que se envolve”, pode ler-se no programa.
Sobre a possibilidade de Bruxelas pretender “retirar o direito de veto dos estados membros da União sobre os temas relacionados com a política externa”, o partido de Ossanda Liber avisa que rejeitará porque “Portugal tem que continuar a votar de acordo com os seus interesses, em primeiro lugar”.
A Nova Direita promete ainda bater-se pela revisão do Pacto Agrícola Comum (PAC) para que os subsídios “beneficiem proporcionalmente os pequenos agricultores” e seja assegurada a soberania alimentar contribuindo para a melhoria de vida dos agricultores.
Quanto às pescas, a Nova Direita vai exigir “apoios à renovação das frotas de pesca e à formação profissional dos pescadores”.
Ossanda Liber quer ainda “combater o `wokismo´ e defender a liberdade de expressão”, rejeitando “qualquer forma de censura e a diminuição da liberdade de expressão em nome do politicamente correto”.
“Somos contra o fanatismo ecológico promovido por Bruxelas. Proporemos a produção de energia nuclear de nova geração como fonte limpa, segura e sustentável, capaz de garantir a soberania energética de Portugal e proteger o ambiente”, acrescenta ainda o memso programa.
A Nova Direita promete a defesa do reconhecimento do “papel dos caçadores na conservação da natureza e no equilíbrio dos ecossistemas”, pretendendo valorizar e promover essa atividade.
Um total de 17 partidos e coligações concorre às eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho, o mesmo número que em 2019, só havendo quatro forças partidárias reconhecidas pelo Tribunal Constitucional que não irão a votos.
De acordo com as listas do Tribunal Constitucional (TC), concorrem às eleições europeias a Aliança Democrática (coligação composta pelo PSD, CDS e PPM), PS, Chega, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
No total, são duas coligações (AD e CDU) e 15 partidos.
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