Eduardo Cabrita presidiu ao encerramento do 14.º curso de formação de agentes da PSP, na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas (Santarém), concluído por perto de 400 elementos (60 deles mulheres), que, a partir da próxima semana, serão colocados por todo o país.
O ministro afirmou que o próximo curso, para 600 elementos, representa um crescimento de 50%, sendo “um dos maiores dos últimos tempos”.
Questionado sobre se estes números conseguem responder às saídas e à necessidade de reforço do efetivo policial, sublinhado pelo diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Luís Farinha, que apontou, no seu discurso, como “desejável” 800 novas entradas por ano, ou, pelo menos, nunca menos que as saídas, Eduardo Cabrita afirmou que “a questão não pode ser vista assim”.
“Foram autorizadas recentemente 400 pré-aposentações no próximo ano, há outras saídas para além dessas, mas, sobretudo, temos novos elementos tecnológicos, novas condições de apoio ao exercício de funções”, disse.
O ministro referiu ainda a negociação em curso com as Câmaras Municipais para a “redefinição da resposta, sobretudo nas áreas de maior densidade populacional”, o que permitirá “usar melhor os efetivos nas áreas urbanas mais significativas, dando uma maior eficácia na resposta”.
Para o governante, se 2018 “foi um bom ano para a PSP”, 2019 será igualmente “bastante positivo”.
Em concreto referiu que em 2018 houve “o maior volume de promoções dos últimos 10 anos” (1.500 autorizadas), que cerca de 2.500 elementos passaram para o nível remuneratório seguinte e que mais de 15.000 polícias beneficiaram do descongelamento de carreiras, tendo sido promovidos.
“Nas três categorias, mais de 18 mil elementos beneficiaram este ano de alterações no estatuto profissional”, frisou.
Eduardo Cabrita referiu ainda o aumento do investimento, até 2021, em infraestruturas e equipamentos, num valor global destinado às forças de segurança sob a alçada do MAI que ascende aos 450 milhões de euros, “o maior volume de investimento de sempre”.
Como exemplos referiu as 70 instalações atualmente em projeto ou já em obra e as cerca de 700 viaturas que entrarão em funcionamento no próximo ano, além do investimento, “também muito significativo, em armamento, em equipamentos de proteção individual e em apoio tecnológico”.
O ministro afirmou que a “presença de proximidade” que caracteriza a intervenção da polícia é motivo de “orgulho” para os portugueses, ao contribuir para que Portugal “seja avaliado por turistas e investidores como um dos países mais seguros do mundo, adequado à realização de grandes eventos”, como o Web Summit ou o Festival da Eurovisão.
Segundo afirmou, a criminalidade violenta e grave reduziu 8% em 2017 e 9% este ano, até ao final de outubro.
Eduardo Cabrita realçou ainda a intervenção policial no porto de Setúbal, ao defender “a liberdade sindical” e afirmar “a importância estratégica da economia nacional e da sua vocação exportadora”.
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