Luís Montenegro deu hoje o tiro de partida para o Bike Tour Lisboa/Oeiras 2025 e participou neste passeio ciclístico que liga a Praça do Comércio a Oeiras, tendo sido questionado se tem pedalada para uma legislatura de quatro anos.

“Tenho certeza que sim, é uma corrida longa, feita de várias etapas, e etapas que umas vezes são mais planas, mais - como se diz no ciclismo - para roladores, e outras vezes têm mais altos e baixos, são mais para trepadores, portanto para aqueles que têm a resistência forte, que têm um batimento cardíaco mais baixo. Este é o meu caso, eu tenho uma pulsação de trepador”, afirmou.

Montenegro detalhou que a sua pulsação “não chega aos 50 batimentos por minuto”, e que os seus médicos “ainda hoje dizem que é uma pulsação muito adequada àqueles que trepam montanhas”.

O primeiro-ministro afirmou que esta será “uma semana sempre exigente”, admitindo que a posse do Governo possa ocorrer esta semana, como afirmou no sábado o Presidente da República.

“Nós vamos ainda proceder à escolha dos membros do Governo, isso ainda não está feito”, disse.

Já à pergunta se ainda não há convites feitos, respondeu: “Está em curso, está em curso”.

Sobre a governação, o primeiro-ministro, que foi novamente indigitado para o cargo na quinta-feira após a vitória da AD nas legislativas de 18 de maio, disse estar “preparado para subir e descer as montanhas”, continuando as metáforas desportivas.

“É tão importante subir como descer, as duas coisas são importantes, porque subir custa muito e descer também (…) Quem descer mal pode cair, e portanto é preciso calibrar o esforço, aguentar durante toda a corrida e é sobretudo importante que se possa mobilizar todas as forças do país, e é isso que vamos fazer”, disse.

Montenegro escusou-se a responder a perguntas sobre a demissão de Rui Rocha da liderança da Iniciativa Liberal ou a apresentação do ex-líder do PSD Rui Rio como mandatário nacional do candidato a Belém Gouveia e Melo, depois de o partido ter declarado apoio a Marques Mendes.

“Agora já estão a aproveitar para falar de outras provas, e portanto vamos regressar à prova que nos trouxe aqui, que é o estímulo da prática desportiva, o aproveitamento da beleza natural do nosso país, é o aproveitamento das infraestruturas que foram alvo dos investimentos, quer da administração central, quer das autarquias locais”, afirmou, em tom bem-disposto.

Acompanhado da mulher, vestindo uma t-shirt verde da Emel (empresa de mobilidade e estacionamento de Lisboa) e de dorsal número um ao peito, Montenegro deu o tiro de partida com uma buzina para a prova de cerca de 18 km, montado numa bicicleta Gira, do sistema de partilha da autarquia da capital.

“É uma oportunidade de nós dizermos ao povo português que temos que sair da cauda da Europa, que é onde nos encontramos, em termos de performance de prática desportiva. Nós precisamos de praticar mais desporto, que é uma atividade que faz bem à saúde, à saúde física e à saúde mental”, apelou.

Por outro lado, destacou os investimentos feitos, através das autarquias locais, mas também da administração central, em zonas de mobilidade pedonal e de ciclovias “que têm de ser aproveitadas”.

“É uma forma também de nós podermos desfrutar, como é o caso aqui na zona de Lisboa, de paisagens magníficas, algumas das quais hoje vamos percorrer na Marginal, que são uma forma também de estimular a nossa atividade económica”, reforçou

Para Montenegro, esta iniciativa congrega muitas finalidades, todas elas positivas, “como sejam a saúde, a segurança, no caso a segurança rodoviária, a sustentabilidade, práticas de mobilidade que são sustentáveis e também uma forma de promoção do território, das belezas naturais”.