De acordo com a MSF e a SOS Mediterrâneo, pessoas desapareceram durante esta travessia e, provavelmente, muitas morreram afogadas.
O resgate aconteceu no dia 01 de novembro, quando uma lancha se afundou e dezenas de imigrantes, entre os quais mulheres e crianças, caíram na água, indicou o médico do MSF Seif Khirfan, que se encontrava a bordo do navio Aquarius.
Ainda que os Médicos Sem Fronteiras não tenham conseguido recuperar os corpos dos imigrantes caídos na água, Khirfan assegurou que viram “pessoas submergidas”.
As equipas de socorro lançaram coletes salva-vidas para a água e ainda reanimaram um homem que havia entrado em paragem cardiorrespiratória, posteriormente levado de helicóptero para Itália.
Houve ainda vários casos de hipotermia ligeira e moderada, e os médicos trataram também de feridas que os imigrantes sofreram ainda na Líbia, país onde os imigrantes estão expostos a “níveis alarmantes de violência e exploração”.
A grande maioria dos imigrantes resgatados no Mediterrâneo saiu da Líbia e, posteriormente, relataram às equipas dos MSF os abusos sofridos nas mãos dos traficantes, grupos armados e milícias.
Os abusos são violência, incluindo a sexual, assim como detenção arbitrária em condições sub-humanas, tortura e outras formas de maus-tratos, exploração económica e trabalho forçado.
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