
À Lusa a porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, subcomissária Ana Raquel Ricardo, explicou que a operação de hoje teve lugar “após uma denúncia anónima” que dava conta de que o antigo colégio, ao abandono devido a insolvência do proprietário, estava a ser usado “como alojamento de forma ilegal”.
De acordo com a responsável, a fiscalização ao espaço deu conta da existência de 50 quartos, dos quais, pelo menos 29 estavam ocupados por cidadãos estrangeiros, de diversas nacionalidades, todos de forma regular no país.
Durante a operação, que teve início cerca das 08h30, foram localizados 38 adultos e 13 crianças. Algumas estavam em período de escola.
À SIC Notícias, o chefe coordenador da PSP, Pedro Magrinho, referiu que "o espaço está abandonado há muitos anos e as condições são muito más". Os arrendatários, "têm a condição legal de permanecer em Portugal e não têm qualquer antecendente criminal".
Conta ainda que "há crianças que estão a ser acompanhadas medicamente em Portugal, e por isso estão legalmente a viver em território nacional". As pessoas presentes "colaboraram todas com a fiscalização" e mostraram o espaço, que não apresentava condições de vida.
O "explorador" esteve presente no local, diz Pedro Magrinho aos jornalistas, e acrescenta que "colaborou no local, tal como os restantes presentes". Era um familiar do antigo proprietário que estava a arrendar os quartos.
Os arrendatários estariam a pagar entre 250 a 500 euros, segundo a Sic Notícias.
Segundo Ana Raquel Ricardo, as autoridades detetaram também que a infraestrutura tinha sido alvo de obras para que as salas pudessem albergar pessoas, nomeadamente cozinhas e casas de banho.
A situação já era conhecida das autoridades, devido ao “entra e sai de pessoas do local” e “algumas denúncias anónimas”, tendo levado a esta ação de fiscalização.
Segundo a subcomissária, a operação já terminou e as pessoas aguardam uma solução de alojamento, estando já a ser acompanhadas pelos serviços sociais da Câmara de Sintra.
No local estiveram, entre outros, elementos da Polícia Municipal de Sintra, Núcleo de Fiscalização de Estrangeiros, PSP de Massamá e ASAE, que verificou “não haver condições de habitabilidade” no edifício.
Pedro Magrinho acrescenta que ainda "não se sabe o destino das pessoas", responsabilidade que está agora entregue à Autoridade de Saúde Pública e ao departamento de ação social da Câmara de Sintra.
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