À Lusa a porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, subcomissária Ana Raquel Ricardo, explicou que a operação de hoje teve lugar “após uma denúncia anónima” que dava conta de que o antigo colégio, ao abandono devido a insolvência do proprietário, estava a ser usado “como alojamento de forma ilegal”.

Associações que disponibilizam apoio a migrantes:

JRS Portugal — O gabinete jurídico "tem como objetivo assessorar juridicamente os utentes no seu processo de regularização, bem como emitir pareceres e orientações técnicas internas em matérias de Lei de Estrangeiros, Lei de Asilo e legislação acessória". Saiba mais aqui.

Renovar a Mouraria — Centrada na freguesia de Santa Maria Maior, em Lisboa, esta associação ajuda com os processos de regularização de quem "vive, trabalha, estuda ou tem filhos que estudam" naquela zona. Conheça o projeto aqui.

Lisbon Project — Este projeto tem como objetivo "construir uma comunidade que integra e capacita migrantes e refugiados". Nesse sentido, tem também disponível um gabinete de apoio jurídico. Fique a par de tudo aqui.

Mundo Feliz — Esta associação ajuda os imigrantes no processo de regularização em Portugal e também na procura de emprego, entre outros serviços. Saiba mais aqui.

Linha de Apoio ao Migrante — Esta linha "tem como principal objetivo responder de forma imediata às questões mais frequentes dos migrantes, disponibilizando telefonicamente toda a informação disponível na área das migrações e encaminhando as chamadas para os serviços competentes". Contactos: 808 257 257 / 218 106 191. Mais informações aqui.

De acordo com a responsável, a fiscalização ao espaço deu conta da existência de 50 quartos, dos quais, pelo menos 29 estavam ocupados por cidadãos estrangeiros, de diversas nacionalidades, todos de forma regular no país.

Durante a operação, que teve início cerca das 08h30, foram localizados 38 adultos e 13 crianças. Algumas estavam em período de escola.

À SIC Notícias, o chefe coordenador da PSP, Pedro Magrinho, referiu que "o espaço está abandonado há muitos anos e as condições são muito más". Os arrendatários, "têm a condição legal de permanecer em Portugal e não têm qualquer antecendente criminal".

Conta ainda que "há crianças que estão a ser acompanhadas medicamente em Portugal, e por isso estão legalmente a viver em território nacional". As pessoas presentes "colaboraram todas com a fiscalização" e mostraram o espaço, que não apresentava condições de vida.

O "explorador" esteve presente no local, diz Pedro Magrinho aos jornalistas, e acrescenta que "colaborou no local, tal como os restantes presentes". Era um familiar do antigo proprietário que estava a arrendar os quartos.

Os arrendatários estariam a pagar entre 250 a 500 euros, segundo a Sic Notícias.

Segundo Ana Raquel Ricardo, as autoridades detetaram também que a infraestrutura tinha sido alvo de obras para que as salas pudessem albergar pessoas, nomeadamente cozinhas e casas de banho.

A situação já era conhecida das autoridades, devido ao “entra e sai de pessoas do local” e “algumas denúncias anónimas”, tendo levado a esta ação de fiscalização.

Segundo a subcomissária, a operação já terminou e as pessoas aguardam uma solução de alojamento, estando já a ser acompanhadas pelos serviços sociais da Câmara de Sintra.

No local estiveram, entre outros, elementos da Polícia Municipal de Sintra, Núcleo de Fiscalização de Estrangeiros, PSP de Massamá e ASAE, que verificou “não haver condições de habitabilidade” no edifício.

Pedro Magrinho acrescenta que ainda "não se sabe o destino das pessoas", responsabilidade que está agora entregue à Autoridade de Saúde Pública e ao departamento de ação social da Câmara de Sintra.