O sismo que atingiu Marrocos na noite de sexta-feira causou mais de 2.600 mortos e de 2.500 feridos, provocando danos generalizados na região de Marraquexe, importante destino turístico marroquino.
O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha.
Sendo um país com presença portuguesa, o Governo tem deixado algumas dicas para quem ainda se encontra em Marrocos. Além disso, há o compromisso de disponibilizar ajuda às vítimas.
O que devem fazer os portugueses em Marrocos?
“Importa é que contactem com a Embaixada portuguesa em Rabat e que entrem em contacto também com o gabinete de emergência consular da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas”, disse hoje o ministro da Administração Interna José Luís Carneiro.
O ministro adiantou que a informação que teve do Ministério dos Negócios Estrangeiros é a de que todos os portugueses que vierem a carecer de apoio das autoridades portuguesas vão ter esse apoio.
De recordar que a Força Aérea Portuguesa retirou de Marrocos, na noite de sábado, 102 cidadãos portugueses que pediram ajuda para deixar o país africano.
Portugal vai ajudar Marrocos?
José Luís Carneiro garantiu que Portugal mantém “equipas em prontidão” para poder apoiar Marrocos nos esforços de salvaguarda das vítimas, mas afirmou que ainda não chegou qualquer pedido oficial das autoridades marroquinas.
O primeiro-ministro de Marrocos agradeceu esta manhã toda a “disponibilidade da comunidade internacional para apoiar os esforços de salvaguarda das vítimas e da proteção e de reconstrução do país”, mas também explicou que Marrocos estava a desenvolver um trabalho “de identificação das necessidades” e “avaliação dos prejuízos” para determinar a ajuda internacional.
Questionado sobre quais são as equipas que estão preparadas para ir para Marrocos, o ministro português esclareceu que são “forças e meios de busca e salvamento”, mas que só serão determinados em “função” do “pedido ativado e das necessidades identificadas por parte das autoridades de Marrocos”.
Esse apoio a ser concedido pode ser no “plano bilateral”, quer no plano do “mecanismo europeu de proteção civil”, acrescentou.
Sobre se Portugal poderia enviar outro tipo de apoio através de Organizações Não Governamentais (ONG), à semelhança do que fez França, o ministro José Luís Carneiro apenas declarou que Portugal tem “total disponibilidade e solidariedade” para com um país “vizinho” e “amigo” ao qual Portugal está “unido por laços históricos e sociais muito profundos”.
E a União Europeia?
A União Europeia (UE) desbloqueou esta segunda-feira um milhão de euros para Marrocos, uma primeira ajuda financeira às vítimas do sismo.
Em comunicado, a Comissão Europeia adianta ainda estar disponível - se as autoridades de Rabat o desejarem – para mobilizar equipas de intervenção para as zona afetadas pelo sismo que atingiu uma magnitude de 6,8 na escala de Richter.
O financiamento já previsto destina-se a “apoiar os esforços de socorro enviados pelos parceiros humanitários” de Marrocos.
A situação está a ser acompanhada pelo Centro de Coordenação de Resposta de Emergência da UE, que mantém contacto com as autoridades marroquinas.
O sistema de satélite Copérnico da UE foi ativado no sábado para fornecer imagens cartográficas dos locais atingidos.
*Com Lusa
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