Esta visita “pretende reforçar os sólidos laços de amizade e cooperação” entre Portugal e a Grécia e “permitirá também transmitir um sinal político de apoio às autoridades gregas na gestão da crise migratória e de refugiados”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela Presidência da República.

Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa “deslocar-se-á ao campo de refugiados de Tebas, bem como a um centro de apoio social a refugiados em Atenas, em que um grupo de voluntários portugueses tem vindo a desenvolver diversas atividades”, refere a nota hoje divulgada.

Na Grécia, o chefe de Estado estará acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e terá encontros com o Presidente da República Helénica, Prokopios Pavlopoulos, com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e com o presidente do parlamento helénico, Nikos Voutsis, na terça-feira.

Segundo a presidência da República, durante esta visita de Estado estarão em cima da mesa “temas relevantes para ambos os países nos contextos europeu e multilateral”.

O último ponto do programa, na quarta-feira, será precisamente um debate aberto sobre “As raízes e o futuro da Europa”, com a participação de Marcelo Rebelo de Sousa e Prokopios Pavlopoulos.

No dia da sua chegada, segunda-feira, o Presidente da República terá um encontro com a comunidade portuguesa na Grécia, que, de acordo com os registos oficiais, é atualmente composta por cerca de 600 pessoas.

Na terça-feira, a seguir aos encontros institucionais, Marcelo Rebelo de Sousa será agraciado com o título de doutor ‘honoris causa’ pela Universidade Nacional de Atenas e terá um jantar oficial organizado em sua honra pelo Presidente da República Helénica.

Além do ministro dos Negócios Estrangeiros, a comitiva desta visita de Estado incluirá os deputados Amadeu Albergaria, do PSD, Sofia Araújo, do PS, Álvaro Castelo Branco, do CDS-PP, Paulo Sá, do PCP, e José Manuel Pureza, do BE, que é vice-presidente da Assembleia da República.

O Presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos, esteve em Portugal em janeiro do ano passado, numa visita de Estado de dois dias que começou em Coimbra, onde recebeu um doutoramento ‘honoris causa’.

Durante um jantar em sua honra, no Palácio da Ajuda, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que as relações bilaterais entre Portugal e Grécia devem “ir mais longe”, passar a “outro nível de ambição”, afirmando que “o potencial existente é elevado”.