Ao chegar ao local, o chefe de Estado português cumprimentou os reis de Espanha, Felipe VI e Leticia, o chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, o primeiro-ministro português, António Costa, que chegara momentos antes, e o presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemon.
No interior da basílica, António Costa ficou perto do homólogo espanhol enquanto Marcelo Rebelo de Sousa assistiu à missa ao lado dos reis.
Marcelo Rebelo de Sousa foi convidado pelo rei de Espanha a estar presente nesta missa pela paz e a concórdia.
A missa está a ser presidida desde as 10:00 locais (09:00 de Lisboa) pelo cardeal-arcebispo de Barcelona, Juan José Omella.
Ao iniciar a celebração eucarística, o bispo auxiliar de Barcelona, Sebastià Taltavull Anglada, recordou as vitimas mortais dos atentados, mas também os feridos, referindo que é por eles e, também, pelos seus familiares as orações.
“Estes dias têm sido de lágrimas, de muitas lágrimas, mas sobretudo de muita humanidade”, afirmou o prelado, destacando que, “desde o momento dos atentados”, foi possível constatar “o esforço e a solidariedade de todos os cidadãos”.
“Esta dura realidade sofrida no coração do nosso povo queremos ver transformada numa nova situação de paz”, afirmou Sebastián Anglada, salientando: “Uma paz trabalhada com o esforço de todos para educar a favor de uma nova forma de convivência que respeite e promova os direitos humanos e a dignidade das pessoas, superando toda a diferença e exclusão”.
O bispo auxiliar de Barcelona recordou depois as palavras de Jesus Cristo “não tenhais medo”, para acrescentar que nas ruas ecoaram por estes dias o grito “não temos medo”.
Assinalando que a eucaristia é um gesto de unidade, o prelado referiu ainda que esta é também uma chamada para “viver a plena comunhão de um povo que não tem medo e quer apreciar o dom da paz”.
Espanha foi esta semana alvo de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Cambrils, na Catalunha, que fizeram 14 mortos e 135 feridos, com a utilização de viaturas que atropelaram pessoas indiscriminadamente.
A lista de vítimas mortais do ataque em Barcelona inclui duas portuguesas, uma mulher de 74 anos, e a sua neta, de 20.
Em Barcelona, o ataque ocorreu na quinta-feira à tarde, nas Ramblas, uma avenida muito frequentada por turistas, no centro da cidade.
Na madrugada de sexta-feira, cinco homens num automóvel atropelaram um grupo de pessoas em Cambrils, uma estância balnear a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Barcelona, fazendo um morto e cinco feridos.
Os dois ataques foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (também conhecido pelo acrónimo árabe Daesh).
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