
O acordo não inclui tarifas sobre o aço, um produto especialmente importante do comércio bilateral.
Ainda estão em curso negociações sobre se as tarifas sobre o aço serão reduzidas a zero, como planeado no acordo provisório, noticiou a agência Associated Press (AP).
A assinatura do acordo foi anunciada à margem da cimeira do G7, o grupo dos países mais industrializados do mundo, que decorre na estância de montanha de Kananaskis, no sudeste do Canadá, país que Trump sugeriu várias vezes que fosse anexado pelos EUA.
Decorre também enquanto o magnata republicano trava uma guerra comercial com os aliados de longa data dos Estados Unidos.
Trump e Starmer anunciaram em maio que tinham assinado um acordo que reduziria as tarifas de importação dos EUA sobre os automóveis, aço e alumínio britânicos em troca de um maior acesso ao mercado britânico para produtos americanos, incluindo carne de bovino e etanol.
Mas o acordo não entrou imediatamente em vigor, deixando as empresas britânicas incertas sobre se o Reino Unido poderia ser exposto a quaisquer aumentos surpresa de Trump.
As empresas britânicas e o governo do Reino Unido foram apanhados de surpresa no início deste mês, quando Trump duplicou as tarifas sobre os metais para países de todo o mundo para 50%.
Mais tarde, esclareceu que o nível se manteria nos 25% para o Reino Unido.
Starmer garantiu hoje que o acordo comercial está “na fase final de implementação e espero que esteja concluído muito em breve”.
Trump frisou que o acordo “vai gerar muitos empregos e muitos rendimentos”.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, referiu na semana passada que os EUA podem estender a pausa nas tarifas recíprocas, prevista para terminar em 09 de julho.
Donald Trump anunciou no início de abril a implementação de tarifas recíprocas, que tributariam os produtos de um determinado país com base no défice comercial dos EUA com esse país.
Este anúncio causou considerável agitação política e uma quebra nos mercados financeiros.
Pouco depois, Trump suspendeu as tarifas por 90 dias, dando tempo para negociar acordos comerciais com os vários países.
A suspensão aplica-se a todas as tarifas acima de uma sobretaxa de 10% recentemente imposta, que a administração Trump considera um nível mínimo para os produtos que entram nos Estados Unidos (com algumas exceções).
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