O relatório mais recente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama, organismo do Governo), com dados recolhidos até à passada terça-feira, indica que, das 1.004 praias afetadas, 570 encontram-se já limpas e 434 apresentam contaminação inferior a 10% da área afetada.
O derrame de petróleo espalhou-se pelos nove estados da região nordeste do Brasil e afetou ainda quase cinco dezenas de praias no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, ambas no sudeste do país.
As autoridades brasileiras começaram a atuar nas praias afetadas desde 30 de agosto, mas a presença de petróleo bruto foi relatada em alguns locais desde o início daquele mês.
Tendo em conta dados recolhidos até 15 de janeiro, o Ibama também indicou que 159 animais foram afetados pelo derrame, entre os quais 105 tartarugas marinhas, 39 aves, dois mamíferos e 13 peixes e grandes crustáceos de espécies de grande porte. Daquele número, 112 animais morreram.
Estudos de laboratório da petrolífera estatal brasileira Petrobras determinaram que o petróleo encontrado foi extraído de três poços venezuelanos e que poderia ter sido derramado a cerca de 700 quilómetros da costa do estado de Pernambuco, mas as autoridades do Brasil não conseguiram estabelecer onde e quando a libertação da substância ocorreu.
Alguns navios de armadores gregos e alemães estão numa lista de 10 embarcações suspeitas de terem causado o derrame quando transportavam o crude venezuelano junto à costa brasileira, mas até ao momento não há acusação formal.
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação, composto por representantes da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo, da Petrobras e autoridades ambientais, juntamente com os bombeiros locais, já retiraram mais de 5.000 toneladas de petróleo das praias.
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