“Mais de sete milhões de lares estão agora sem eletricidade”, depois de 15 centrais de produção de energia elétrica em toda a Ucrânia terem sofrido danos, declarou nas redes sociais Kyrylo Tymoshenko, o chefe-adjunto do gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Os nossos engenheiros eletrotécnicos estão agora a fazer tudo o que podem para repor o fornecimento de eletricidade o mais rapidamente possível”, acrescentou.
De acordo com a Força Aérea ucraniana, a Rússia disparou hoje sobre as infraestruturas de produção de energia elétrica de várias regiões ucranianas “cerca de” 100 mísseis, causando cortes de eletricidade, além de ter atingido igualmente zonas residenciais e feito pelo menos um morto na capital ucraniana, Kiev.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 265.º dia, 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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