
Zelensky, que falava à distância numa reunião de países da Europa de Leste, lamentou o que "os amigos de Espanha e Portugal" viveram e recordou que na segunda-feira falou com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, sobre "possível assistência".
"Os especialistas ucranianos têm uma experiência única na proteção e restauração de fontes de energia. A guerra ensinou-nos muito, não só como recuperar de ataques com mísseis e bombas russos, mas também como lidar com ataques cibernéticos e outras ameaças", acrescentou.
Desta forma, manifestou a sua disponibilidade para partilhar a experiência, durante um discurso em que defendeu o estabelecimento de redes de segurança "para que os países possam ajudar outros numa crise" relacionada com o fornecimento de energia ou com os sistemas de comunicação.
Zelensky, que pediu assistência para que a Ucrânia possa continuar a proteger as suas infraestruturas energéticas, "especialmente perto das fronteiras com a Rússia", insistiu na necessidade de trabalhar pela paz, para a qual voltou a propor estabelecer um cessar-fogo de "pelo menos 30 dias".
O Presidente ucraniano enfatizou ainda o papel da Bielorrússia durante o conflito, referindo que a Rússia "está a preparar algo este verão" em território bielorrusso.
Não forneceu detalhes, além de dizer que os dois parceiros usariam manobras militares como desculpa.
"É assim que geralmente começa um novo ataque", alertou Zelensky, antes de sublinhar que a ameaça russa também se pode estender a outros países próximos da fronteira, como a Lituânia ou a Polónia.
O apagão de segunda-feira em Portugal e em Espanha foi o “mais severo” nos últimos 20 anos na Europa, afirmou hoje a Comissão Europeia, prometendo apoiar os países da Península Ibérica e a investigar o incidente.
O comissário europeu para a Energia e Habitação, Dan Jørgensen, frisou nas redes sociais que o executivo comunitário vai apoiar os dois países “de todas as maneiras possíveis” e uma “investigação minuciosa” será iniciada para apurar as causas.
De acordo com uma estimativa feita pela agência noticiosa espanhola EFE, mais de 60 milhões de pessoas foram afetadas pelo apagão que deixou grande parte da Península Ibérica sem acesso à eletricidade, condicionando transportes públicos, aeroportos, e serviços de saúde.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado em Portugal.
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