“Segundo o índice PDSI — ‘Palmer Drought Severity Index’, verificou-se, em fevereiro, um agravamento da intensidade de seca em relação aos meses anteriores, com cerca de 29,3% do território na classe de seca severa e 66,2% na classe seca extrema”, lê-se no diploma.
A totalidade do território está assim em seca meteorológica, sendo que 95,5% se encontra em situação de seca severa ou extrema.
Para isto contribuiu a “irregularidade das condições agrometeorológicas” em Portugal, destacando-se um “défice de precipitação acumulada acentuado”, bem como um valor médio da temperatura do ar superior ao normal.
Desde o final de 2021, “tem-se verificado uma descida no volume de armazenamento em grande parte das bacias hidrográficas, sendo de realçar que todo este ano hidrológico se caracteriza por registar armazenamentos totais inferiores à média, devido a ocorrência de reduzidas afluências às albufeiras, resultantes de precipitações pouco significativas ou nulas”.
No total, são reconhecidos mais de 260 concelhos em situação de seca severa ou extrema.
Este diploma produz efeitos em 2 de março.
Na quinta-feira, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, disse, no parlamento, que o despacho que reconhece seca severa ou extrema em quase todo o país e permite acionar medidas de apoio foi assinado na quarta-feira.
“Assinei ontem mesmo [quarta-feira] o despacho através do qual reconhecemos a existência de seca severa e extrema” em quase todo país, anunciou, na altura, a ministra da Agricultura, no debate que contou também com a participação do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, sobre a situação de seca em Portugal, na Comissão Permanente da Assembleia da República.
Segundo a governante, a assinatura do despacho “permite hoje já termos na rua medidas significativas” para fazer face aos efeitos da seca em que Portugal se encontra e que afeta os agricultores.
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