“O relatório publicado pelo Departamento de Estado dos EUA tece comentários irresponsáveis sobre a Região Administrativa Especial de Macau, o qual representa um assunto interno da China. Deste modo, o Governo da Região Administrativa Especial de Macau manifesta a sua forte oposição”, lê-se no comunicado divulgado pelo Gabinete do Porta-voz do Governo.
De acordo com o governo de Macau, os princípios de “Um país, dois sistemas” e a política de “alto grau de autonomia vêm sendo implementados com grande sucesso”, garantindo ainda que os “direitos e liberdades, gozados pela população da região, são plenamente garantidos, nos termos da Constituição e da Lei Básica”.
O Departamento de Estado norte-americano divulgou, na sexta-feira, o relatório anual sobre direitos humanos em 2017 e, nesse documento, assinalou que as restrições à liberdade de imprensa e académica, as dificuldades dos cidadãos em mudar o Governo e o tráfico de pessoas como os principais problemas de direitos humanos em Macau em 2017.
“Os media praticam autocensura, em parte porque o Governo subsidia os principais jornais e, por isso, sobre questões políticas delicadas, tendem a ficar ao lado do governo”, segundo o relatório norte-americano.
O documento refere que, em agosto, as autoridades detiveram duas pessoas por, alegadamente, espalharem informações falsas durante a passagem do tufão Hato, o pior nos últimos 53 anos.
Segundo o relatório dos Estados Unidos, os académicos sofreram de alguma autocensura e “relataram que muitas vezes são impedidos de estudar ou de falar sobre tópicos relacionados com a China”.
Macau é, desde 20 de dezembro de 1999, uma Região Administrativa Especial da China com autonomia administrativa, executiva e judicial.
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