
O incidente ocorreu esta terça-feira, durante uma revista de mochilas realizada pela polícia francesa, na escola secundária Françoise Dolto, em Nogent, no leste do país.
A mulher, de 31 anos, foi esfaqueada várias vezes, pouco antes das 8h00, "durante uma inspeção visual das mochilas" dos alunos, informaram as autoridades locais.
Segundo o procurador, o adolescente de 14 anos está sob custódia policial. Um dos polícias sofreu ferimentos leves.
"Enquanto cuidava dos nossos filhos em Nogent, uma assistente educacional perdeu a vida, vítima de um surto de violência sem sentido", escreveu o presidente, Emmanuel Macron, na rede social X.
Os cerca de 300 alunos da escola foram confinados, antes de serem enviados para casa, explicou a autarquia da cidade.
Segundo as autoridades, a inspeção estava "prevista há muito tempo" no âmbito da operação a nível nacional e a escola não tinha "dificuldades particulares".
A ministra da Educação, Élisabeth Borne, explicou que o jovem tinha sido expulso temporariamente duas vezes no início deste ano por "perturbar" a aula, mas não causou nenhum problema desde então.
Desde o início das inspeções em março até ao final de maio, as forças de segurança realizaram 6 mil inspeções em França, que levaram à apreensão de 186 facas e à detenção de 32 pessoas, indicou o governo.
A Assembleia Nacional realizou um minuto de silêncio. O governo está sob pressão da extrema direita, que tem utilizado estas tragédias para denunciar a "apatia das autoridades públicas", nas palavras de líder, Marine Le Pen.
Diante dos deputados, o primeiro-ministro, François Bayrou, defendeu "experimentar" o uso de detetores nas entradas das escolas e o endurecimento da legislação, já que nem todas as facas são consideradas armas.
O líder da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon pediu ao governo que "preste atenção à saúde mental" dos jovens, especialmente dos meninos que "cedem" à violência.
Comentários