Um grupo de pais apresentou uma queixa-crime à PSP da Covilhã contra a educadora dos seus filhos. Em causa estão "gritos, berros, safanões, humilhações e até agressões físicas" que ocorreram no jardim de infância Mundo da Fantasia, da Misericórdia da Covilhã, refere o Jornal de Notícias (JN).
Na exposição entregue às autoridades é referido que a educadora "chegou a dar um estalo a uma criança no refeitório, porque esta não queria comer, além de obrigar todos a comer, mesmo que vomitassem".
Além disso, "não deixava as crianças irem à casa de banho quando sentiam essa necessidade" e discriminava quem tinha "problemas de saúde".
Os episódios denunciados aconteceram numa sala do pré-Escolar, com meninos dos três aos cinco anos, no ano letivo de 2022/2023. Algumas das crianças acabaram por ser transferidas da instituição este ano letivo e outras transitaram para o 1.º ciclo. Na instituição da Covilhã apenas ficaram três.
A queixa terá sido subscrita também pela auxiliar da sala, que acabou por se demitir. Quanto à educadora, a Misericórdia já concretizou a sua suspensão e abriu um inquérito.
“Já não aguentava mais assistir a alguns episódios sem conseguir travá-los", disse a ex-auxiliar ao jornal, garantindo que a educadora "é má para as crianças e para as funcionárias".
Segundo os pais das crianças, a queixa foi também feita à Segurança Social, que disse não ter responsabilidade sobre o Pré-Escolar. Depois, a denúncia foi então remetida ao Ministério da Educação, que já pediu explicações à Misericórdia.
Ao JN, o provedor António Neto Freire garante que a mulher vai ser despedida e que há "tolerância zero" para parte da Misericórdia.
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