“Na questão das aeronaves, fui claro. Se há uma coisa que aprendemos no ano passado é não ter regras préconcebidas e não excluir nada”, disse Wallace, à margem de uma cimeira sobre parcerias de Defesa com a Austrália.
Kiev tem vindo a solicitar o fornecimento de aviões de combate F-16, de fabrico norte-americano para ajudar as forças ucranianas a resistir à invasão russa.
Os Estados Unidos já disseram que não tencionam fornecer F-16 à Ucrânia, mas outros países, como a Polónia, têm sido mais abertos sobre o assunto.
“Estou aberto a olhar para qualquer tipo de modelo, não apenas aviões, para levar ajuda à Ucrânia”, admitiu Ben Wallace.
“Mas isso não acontece da noite para o dia”, acrescentou o ministro da Defesa britânico, referindo-se ao tempo de treino a que ficariam obrigados os pilotos ucranianos, para poderem usar este tipo de aeronaves de guerra.
Falando sobre as aeronaves Typhoon e F-35, o ministro recordou que são “extremamente sofisticadas”, levando “meses para aprender a pilotá-las”, pelo que pode não ser prático o envio deste tipo de material militar, tendo em conta a urgência da situação na Ucrânia.
O Reino Unido disse no mês passado que quer enviar carros blindados para a Ucrânia, já no final de março, depois de se tornar o primeiro país a prometer blindagem pesada, neste caso 14 tanques Challenger 2.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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