Ativistas de direitos humanos e famílias de imigrantes judeus do Iémen reivindicam há anos que milhares de bebés foram retirados aos seus pais biológicos nos anos que se seguiram à criação de Israel, em 1948.
Os ativistas e as famílias defendem que os bebés foram dados a casais de judeus Ashkenazy (originários da Europa de leste) sem crianças.
Os médicos asseguraram aos pais biológicos que os filhos estavam mortos, mas os corpos nunca foram entregues, segundo os ativistas.
Várias investigações oficiais, que não conseguiram acabar com as dúvidas, concluíram que a maioria das crianças desaparecidas estava morta, devido às más condições sanitárias dos campos de refugiados onde os imigrantes viviam.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu em julho passado a abertura dos arquivos que deviam permanecer confidenciais até 2031.
Entre os documentos tornados públicos está um relatório confidencial de uma comissão de inquérito governamental que trabalhou entre 1995-2001 e concluiu que a maioria das crianças desaparecidas tinha morridos e que o destino de algumas dezenas era desconhecido, mas que não tinham sido encontradas evidências sobre eventuais sequestros.
A abertura daqueles arquivos vai permitir que as famílias consultem os registros de membros da família.
“Há mais documentos classificados”, assegurou a gestão de arquivos.
Após a criação do Estado de Israel, as autoridades montaram acampamentos de tendas para lidar com o afluxo de novos imigrantes, principalmente de países árabes, incluindo 30.000 do Iémen.
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