"A coberto de uma "nuvem" de normativos e despachos, feitos de forma atabalhoada ou mal-intencionada, o atual Governo criou um sistema de apoios que trata os portugueses em geral e os cidadãos do distrito, em particular, de modo injusto e desigual. Alguns como filhos, outros como enteados, muitos como enjeitados", sustenta, em comunicado, a distrital do PSD.
No texto, a distrital social-democrata acusa o atual Governo de discriminação nos apoios e indemnizações pelos prejuízos causados pelos fogos florestais de 2017.
Argumenta que, segundo dados divulgados pelo próprio Governo na página oficial do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), este ano houve fogos de junho a outubro, sendo que, neste momento, tem direito a 15 medidas de apoio quem foi lesado em junho e estão previstas 14 medidas para as vítimas dos incêndios de outubro.
"Curiosamente (...), os prejudicados pelos fogos de julho e agosto já só têm direito a uma medida de auxílio. Os restantes, concretamente os lesados pelos fogos de setembro, em que arderam no país 12.224 hectares, muitos no nosso distrito, já não terão direito a qualquer tipo de apoio" afirmam.
Os sociais-democratas dizem que é urgente alterar o atual estado de coisas, sobretudo eliminar as injustiças que hoje existem na definição, feita pelo Governo, dos apoios aos afetados com os fogos.
"A Comissão Política Distrital de Castelo Branco não se conforma com este estado de coisas, não aceita que, em termos de apoios, haja lesados de primeira, de segunda e de terceira no nosso distrito, nos seus concelhos e freguesias, apenas porque os incêndios ocorreram em datas diferentes", sublinham.
Argumentam ainda que nesta matéria não pode haver cidadãos de primeira e de segunda e que todos os afetados pelos fogos de 2017 têm de ter acesso às mesmas medidas de apoio, com base em critérios objetivos, traduzidos na dimensão dos seus danos e no volume das suas necessidades concretas.
"Este Governo não pode continuar a negar auxílio equitativo aos portugueses e regiões, mesmo que alguns territórios tenham menos população e signifiquem por isso menos eleitores", concluem.
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