“Nunca comparo [a área ardida] com um ano apenas. Seria inadequado estar a comparar apenas com o ano trágico que foi 2017. Eu uso sempre um indicador em todas as minhas intervenções, que é comparar com os últimos dez anos”, o que “permite anos mais fáceis” e “mais difíceis”, afirmou o ministro aos jornalistas, em Vendas Novas (Évora).
Atendendo a esse enquadramento, revelou Eduardo Cabrita, “os dados até ontem [terça-feira] apontavam para uma redução de 31% da área ardida, relativamente à média dos últimos 10 anos”.
“Mas, lá mais para o fim do ano, terei todo o gosto em fazer balanços”, acrescentou.
O ministro, que foi questionado pela agência Lusa sobre o aumento da área ardida este ano, divulgado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), falava à margem da cerimónia de entrega de 224 novas viaturas à GNR, realizada em Vendas Novas.
A área ardida aumentou este ano 51% em relação ao mesmo período de 2018, totalizando até 05 de junho 7.373 hectares, indicou à Lusa o ICNF, na terça-feira.
“Os dados são muito bons porque esses dados, dia a dia, têm pouco sentido”, respondeu o governante.
Apesar de, no ano passado, terem sido obtidos “resultados positivos”, com uma “redução de 68% da área ardida”, este ano, “ainda estamos numa altura em que a prioridade é a prevenção, a atenção à limpeza, a atenção a que sejam evitados comportamentos de risco, sabendo que estamos todos preparados para o combate”, alertou.
Aludindo ao incêndio que hoje deflagrou em Monchique, no Algarve, considerada uma “zona crítica”, Eduardo Cabrita realçou que, “menos de uma hora depois, estavam lá 10 meios aéreos”.
“É essa a resposta que temos de dar em cada momento, para além de uma presença fortíssima logo no terreno”, argumentou.
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