Além de analisar os incêndios deste fim de semana, que já vitimaram 31 pessoas, o CDS quer também abordar as conclusões da comissão técnica independente sobre os fogos na região centro, que causaram 64 mortos, acrescentou a mesma fonte.
Esta é a segunda vez, desde julho, que o partido liderado por Assunção Cristas pede uma reunião com caráter de urgência ao Presidente, a primeira foi para explicar a posição do partido sobre o furto de armamento da base de Tancos.
O CDS-PP é o único partido a defender abertamente a demissão da ministra da Administração Interna desde junho, após os incêndios em Pedrógão e concelhos limítrofes, que fizeram 64 mortos.
Após a divulgação, a 12 de outubro, do relatório da comissão técnica independente acerca dos acontecimentos de junho, os centristas insistiram na saída de Constança Urbano de Sousa.
Hoje de manhã, a ministra, que tem o apoio reiterado do primeiro-ministro, António Costa, voltou a dizer que não se demite.
“Para mim seria mais fácil, pessoalmente, ir-me embora e ter as férias que não tive, mas agora não é altura de demissões”, afirmou a ministra aos jornalistas, num ‘briefing’, na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil em Carnaxide, Oeiras, num momento em que a contagem dos mortos ia em 27.
Hoje de manhã, Assunção Cristas lamentou o "número extraordinariamente elevado" de mortes em consequência dos incêndios de domingo na zona Centro, considerando necessário recuperar a confiança no Estado no seu papel de apoio aos cidadãos.
"Essa confiança é algo que tem de ser recuperado, e tem de ser recuperado com uma ação muito forte em vários domínios", vincou Cristas, falando aos jornalistas, em Lisboa, à margem de um encontro com uma delegação da Confederação Empresarial De Portugal (CIP).
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