Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma visita à sede do Banco Alimentar Contra Fome, em Lisboa, numa altura em que decorre uma campanha de recolha de alimentos em todo o país até domingo.

O chefe de Estado explicou que, com a instalação da Assembleia da República marcada para terça-feira, só a partir desse momento o primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, lhe poderá “formalmente” apresentar a composição do XXV Governo Constitucional.

“Eu tenho a expectativa de, até o fim da semana, haver ou uma posse conjunta – primeiro-ministro, ministros e secretários de Estado – ou duas posses, uma de primeiro-ministro e ministros e outra de secretários de Estado”, afirmou, considerando que existem “dias suficientes” para o fazer antes do 10 de Junho.

Sobre as audiências com os partidos, na semana passada, o chefe de Estado não quis revelar nada sobre o seu conteúdo, mas deixou uma nota de otimismo.

“Penso que o primeiro-ministro e o Governo, ouvidos os partidos todos, e nomeadamente aqueles que ouvi duas vezes [PS e Chega], têm um quadro de condições que permitem encarar com uma razoável noção de durabilidade e de estabilidade que é muito boa para o país. Quer dizer, o país precisa de estabilidade e precisa de durabilidade do Governo”, defendeu.

“E as oposições em estilos diferentes e de forma diferente foram até onde podiam ir e estão disponíveis para ir até onde irão, para tornar isso possível”, considerou.