O PS será recebido às 15h00 no Palácio de Belém, o Chega às 16h00 e o PSD às 17h00, por ordem crescente de representação parlamentar.

“Vou ouvir primeiro os três partidos. Se eu tiver condições para logo nesse dia fazer sair uma nota de indigitação, faço”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa na segunda-feira, em resposta aos jornalistas, à saída do Convento do Beato, em Lisboa.

Com a segunda ronda de audiências aos três maiores partidos, após o apuramento dos resultados dos círculos da emigração, o chefe de Estado espera “ter a garantia da estabilidade” e ver se “vai até ao Programa do Governo, se vai para além do Programa do Governo, como é”.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que tenciona “logo que possa” indigitar o presidente do PSD, Luís Montenegro, como primeiro-ministro.

Nos termos do n.º 1 do artigo 187.º da Constituição, “o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais”.

O chefe de Estado ouviu os dez partidos que obtiveram assento parlamentar nas eleições legislativas de 18 de maio — PSD, PS, Chega, IL, Livre, PCP, CDS-PP, BE, PAN e JPP — ao longo da semana passada, quando faltava contabilizar os votos e atribuir os quatro mandatos da emigração.

Segundo o apuramento concluído na quarta-feira, desses quatro mandatos, dois foram para o Chega e dois para a AD.

A AD (PSD/CDS-PP), liderada pelo atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, sem maioria absoluta, com cerca de 31% dos votos. Coligados, os dois partidos elegeram 91 deputados, dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.

Após a distribuição de mandatos da emigração, o Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, mais dois do que os 58 eleitos pelo PS.

A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada.