Abu Obeida, porta-voz das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, disse que já tinha proposto a libertação das duas reféns "por razões humanitárias imperiosas e sem pedir nada em troca", mas que "Israel recusou-se a recebê-las".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já negou a acusação, qualificando-a de "propaganda mentirosa".
"Israel continuará a fazer tudo o que for necessário para trazer para casa todos os prisioneiros e pessoas desaparecidas", acrescentou o primeiro-ministro israelita.
A oferta surge quando Israel e o Hamas entram no seu 16.º dia de guerra em Gaza e depois de as autoridades israelitas terem informado no sábado que as milícias palestinianas mantêm 210 pessoas em cativeiro.
Os raptos continuam a suscitar protestos de famílias e israelitas, exigindo a libertação imediata dos reféns, que incluem mulheres, idosos e cerca de 30 menores.
Segundo Israel, a maioria dos reféns está viva.
Na sexta-feira, o Hamas libertou duas reféns americanos por "razões humanitárias", com a mediação do Qatar, que parece continuar envolvido em contactos indiretos entre Israel e o grupo.
As duas libertadas eram uma mãe e uma filha com cidadania americana que foram libertadas "para provar ao povo americano e ao mundo que as alegações feitas" pela administração de Joe Biden contra o Hamas "eram falsas", segundo o grupo extremista.
Na quarta-feira, o grupo divulgou a primeira prova de vida de um refém, um vídeo em que a israelo-francesa Mia Schem, de 21 anos, era vista e ouvida a dizer que estava bem e que queria ir para casa, enquanto alguém lhe tratava de uma ferida no braço.
Pouco depois, num outro vídeo, Abu Obeida ofereceu-se para libertar os reféns com passaportes estrangeiros - muitos são israelitas com uma segunda nacionalidade - que disse considerar os seus "convidados".
Os mais de duzentos reféns detidos pelas milícias palestinianas em Gaza foram raptados durante o ataque do Hamas ao território israelita, em 7 de outubro, dando início a uma guerra que já vai na terceira semana.
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