"Esse tema não foi discutido no Conselho de Ministros. Está, no entanto, a ser tratado pelo conjunto de ministros envolvidos nesse tema, tal como aconteceu na altura da outra greve", declarou a ministra Mariana Vieira da Silva, após questionada pelos jornalistas no final da reunião.
As garantias de que "o Governo está empenhado" em assegurar que "tudo correrá bem, todas as necessidades serão garantidas são as que já foram dadas", disse a governante.
A ministra acrescentou que não comenta as declarações ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que defendeu quarta-feira que os portugueses devem começar a "abastecer" as suas viaturas para "se precaverem" no caso de haver greve dos motoristas a partir do dia 12 de agosto.
"Quanto a comentários sobre declarações de membros do Governo, naturalmente não farei", respondeu.
Na quarta-feira, os sindicatos dos motoristas entregaram pré-aviso de greve com início em 12 de agosto e a associação das empresas transportadoras ANTRAM não chegaram a acordo para serviços mínimos, depois de reunião na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
No pré-aviso de greve entregue pelos sindicatos, eram propostos serviços mínimos de 25% em todo o país. Por sua vez, as empresas propunham 70% de serviços mínimos garantidos.
Na greve iniciada em 15 de abril passado, o Governo estipulou a garantia dos serviços mínimos com 40% dos trabalhadores em funções, mas apenas para Lisboa e Porto.
Posteriormente, o Governo acabou por decretar uma requisição civil e, depois, convidar as partes a sentarem-se à mesa de negociações.
A elevada adesão à greve de três dias surpreendeu todos, incluindo o próprio sindicato, e deixou sem combustível grande parte dos postos de abastecimento do país.
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