
Kiev apelou esta sexta-feira aos aliados no estrangeiro para que aumentem a pressão sobre Moscovo para o obrigar a parar a sua invasão, na sequência de uma barragem mortal de drones e mísseis russos contra a Ucrânia.
"O ataque noturno da Rússia contra civis demonstra mais uma vez que a pressão internacional sobre Moscovo deve ser aumentada o mais rapidamente possível", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, num comunicado.
De acordo com o presidente Volodymyr Zelensky, a Rússia lançou mais de 400 drones e mais de 40 mísseis contra a Ucrânia durante a noite.
“Se alguém não exerce pressão e dá mais tempo à guerra para ceifar vidas, é cúmplice e responsável. Temos de agir com determinação”, escreveu numa publicação nas redes sociais.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.
As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da autorização dada à Ucrânia pelo então Presidente norte-americano cessante, Joe Biden, para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.
As negociações entre as duas partes estavam completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.
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